Na quinta edição do “Fala, Jogador”, o programa de entrevistas do Lance!, a apresentadora Ana Gobel entrevistou Abel Braga, diretor técnico do Vasco. O ex-treinador, Abel, relembrou momentos importantes de sua carreira, como o Mundial com o Internacional em 2006, o Brasileirão de 2012 com o Fluminense, sua saída na última passagem pelo Flamengo e a decisão de parar de treinar.

Em um bate-papo na residência do diretor, Abel abriu seu coração sobre sua passagem em um rival do seu atual time, o Flamengo. O antigo técnico teve uma passagem conturbada em 2019, sendo muito criticado pela torcida. Ele pediu para sair do clube da Gávea após uma vitória de 3 a 2 contra o Athletico-PR. Ao deixar o Flamengo, Abel Braga deu espaço para Jorge Jesus, que já estava sendo cogitado no clube e posteriormente comandou a equipe para conquistar a Libertadores e o Campeonato Brasileiro.

– Sempre houve muito respeito e educação. Apenas acredito que poderiam ter dito que estavam considerando uma troca, isso é algo normal. No Inter, eu fiz uma campanha boa e eles já tinham decidido contratar outro treinador. Nenhum problema – disse Abel, que também compartilhou sobre sua relação com o técnico português:

– Durante os seis anos que trabalhei em Portugal, ele(Jorge Jesus) nunca me convidou para jantar. Não foi com intenção maldosa, mas ele foi infeliz ao dizer que estava esperando que eu o convidasse para jantar. Eu disse a ele que também fiquei seis anos e meio esperando ele me convidar para jantar em Portugal. Foi só isso. Não houve fofocas, brigas, nada disso.

Sobre seu trabalho atual, Abel revelou como está lidando com sua nova posição no futebol. O ex-técnico agora é diretor técnico do Vasco e explicou como atua nos bastidores do time Cruz-Maltino.

– Eu sabia que continuaria trabalhando com futebol, mesmo que fosse apenas para dar opiniões. Entretanto, Paulo (Bracks) me convidou e minha função não tem destaque algum, e eu nem quero. Minha relação é entre o treinador e os jogadores. Quando há alguma bronca, eu resolvo. Estou sendo o tipo de pessoa que eu gostaria que tivesse sido comigo.

Confira mais trechos da entrevista de Abel Braga ao “Fala, Jogador”!

O elenco mais desafiador

– Fluminense de 2012. Porém, também foi o melhor. Não era apenas farra, mas sim uma combinação de tudo. Qualidade, gostavam de sair, namorar, beber e principalmente ganhar. Foi a equipe que eu treinei com mais craques reunidos.

Algum trabalho que faria de forma diferente

– No Cruzeiro. Acredito que poderia ter cobrado ainda mais daquele grupo. A situação estava muito difícil. Normalmente, eu não assumo trabalhos que já começaram, mas fui porque os jogadores me ligaram pedindo. Nós ficamos dez partidas sem perder e mesmo assim não conseguimos sair da zona de rebaixamento. Não dá para explicar, né?

A existência do clube do vinho

– Sim, e isso irritou pessoas que apreciam vinho e costumam beber comigo. Isso afetou as pessoas erradas.

O estádio mais bonito do Brasil é o Beira-Rio?

– Afirmo com todas as letras e continuarei afirmando (risos). Sinceramente, parece um estádio de pétalas, completamente branco e iluminado em vermelho por fora, e eu nunca vou mudar de opinião a esse respeito.