Os bilhetes esgotados em pouco mais de quatro horas para o confronto contra o Fortaleza, na próxima quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, ampliaram a discussão sobre a capacidade de São Januário. Mais uma vez apenas sócios-torcedores conseguiram adquirir, e a venda sequer foi aberta ao público em geral.
Isso tem ocorrido constantemente nos jogos do Vasco em casa, nesta temporada. Rodada após rodada. A procura por ingressos tem sido muito maior do que a capacidade do estádio, que pode acomodar, atualmente, cerca de 22 mil torcedores.
Nesta sexta-feira, por exemplo, o Vasco iniciou as vendas às 10h e anunciou que os ingressos se esgotaram por volta de 14h30. Ou seja, os sócios Norte a Sul e Gigante ★★ (para quem a venda começou apenas às 14h) praticamente não tiveram oportunidade de comprar. O Camisas Negras e Almirantinho, que é a categoria de plano de sócios mais econômica, não tiveram chance.
Sócios Norte a Sul e Gigante ★★ pagam R$ 29,98 e R$ 49,98 por mês, respectivamente. Já a mensalidade dos Camisas Negras é de R$ 11,98. Os torcedores têm reclamado bastante.
O Vasco precisa parar SJ para reforma. Acabou a temporada, tem que ser prioridade máxima isso. “Ah vai jogar onde?” Espero que consiga a licitação do Maraca, mas se não for, faz parceria com algum clube no Rio, outro estado, sei lá. Mas do jeito que está, está impossível
— Sergio Roberto (@sergio01roberto) 13 de outubro de 2023
O Vasco precisa parar SJ para reforma. Acabou a temporada, tem que ser prioridade máxima isso. “Ah vai jogar onde?” Espero que consiga a licitação do Maraca, mas se não for, faz parceria com algum clube no Rio, outro estado, sei lá. Mas do jeito que está, está impossível
Essa é uma das razões que levam a SAF do Vasco a ter a intenção de participar da gestão do Maracanã. O clube entende que São Januário se tornou pequeno para sua torcida e gostaria de disputar partidas com maior apelo no Maracanã.
Não tem sido uma tarefa simples. Temporariamente na gestão do estádio, Flamengo e Fluminense têm dificultado os jogos do Vasco no Maracanã. Nas últimas vezes o clube precisou recorrer à Justiça para jogar no local.
– Ao invés de jogar para 50 mil pessoas, estou jogando para 20 mil – lamentou o presidente Jorge Salgado, em recente entrevista ao ge.
Além do desejo de participar da gestão do Maracanã, o Vasco busca outra solução a médio prazo. O clube possui um projeto de reforma e ampliação da capacidade de São Januário para 43 mil pessoas.
Além disso, há conversas avançadas com a Prefeitura do Rio de Janeiro para que o Vasco receba o potencial construtivo do estádio. O dinheiro proveniente da eventual venda geraria receitas necessárias para obras de modernização e ampliação.
O clube já tem um acordo encaminhado com um empreendimento para vender seu “potencial de construção” na Barra da Tijuca. Os valores giram em torno de R$ 500 milhões. Porém, o plano não tem data para ser concretizado. A lei precisa ser votada na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, mas o ge apurou que a Prefeitura ainda está analisando o formato do projeto que será enviado à Câmara.
– Acredito que até o meio de outubro esse decreto será encaminhado à Câmara e, se tudo der certo, antes de eu encerrar meu mandato, será um legado que a gestão deixará para o próximo presidente. Ter conseguido viabilizar a reforma com recursos próprios, sem pegar um centavo de empréstimo com terceiros – disse Salgado em entrevista no início do mês.
Fonte: ge