A solução não deve ser mais problemática que a questão!
O Vasco enfrenta hoje uma fase bastante tumultuada, com muita instabilidade e várias incertezas sobre o seu futuro. Para compreender melhor o cenário, como chegamos a essa situação e como lidar com a problemática, é necessário retroceder um pouco no tempo, analisar o passado e identificar a sua origem, extrair aprendizados para corrigir os desvios de visão e desenvolver um plano estratégico capaz de ajustar a trajetória.
O que presenciamos atualmente é a concretização de um problema previamente anunciado. Apesar dos alertas e das ações administrativas e judiciais da oposição, que na época não fazia parte da gestão eleita do Conselho Deliberativo, bem como das recomendações de parte dos Beneméritos, o que ocorreu foi a deliberada e inapropriada decisão de realizar uma verdadeira e obscura transgressão na formação da SAF e na “transferência” de seu controle acionário a terceiros, no caso, ao que hoje é conhecido como “esquema 777”. Tudo isso em um momento que, talvez, tenha sido – até o momento – o ápice da fragilidade institucional do Vasco, ocasionado justamente por aqueles que geriam o negócio sob claros conflitos de interesses.
O desafio é imenso, porém não maior do que a grandiosidade do Vasco, que pode transformá-lo em uma oportunidade para corrigir o rumo e a direção de seu futebol em prol dos Vascaínos.
Nesse sentido, não há mais espaço nem tempo para continuar repetindo os equívocos do passado recente que levaram o Vasco a essa situação delicada, como parece persistir a administração atual ao lidar com o problema à revelia dos poderes e dos sócios do clube. É fundamental, mais do que nunca, fornecer transparência e informação sobre as ações realizadas para que os vascaínos possam, de forma consciente e informada, optar pelo melhor caminho. Somente por meio de uma avaliação concreta da questão será viável encontrar a solução e eliminar ou reduzir os riscos envolvidos.
Não é mais aceitável permitir obscuridades e transgressões sob pretextos de urgência para corrigir os equívocos.
Fonte: X Leonardo Rodrigues