O impacto entre Renê e Rojas durante a partida entre Internacional e Vasco preocupou quem acompanhava o jogo. O lateral-esquerdo Renê permaneceu imóvel no campo por alguns instantes, com bastante sangue na cabeça, enquanto o jogador do Vasco também se recuperava do choque. Esses casos se somaram aos registros de concussão que a CBF começou a contabilizar em 2024 no Campeonato Brasileiro.

Até a 10ª rodada, houve sete casos de concussão cerebral em jogos da Série A do Brasileirão. Cinco envolvendo defensores – um deles foi o zagueiro Kanemann, do Grêmio, na rodada inicial, embora uma nova avaliação médica tenha descartado a concussão -, um meio-campista e um atacante.

O jogador do Vasco, Rojas, foi a segunda vítima de concussão neste Brasileirão. Contra o Palmeiras, ele já havia sido substituído por conta de um choque na cabeça, na oitava rodada. Confira abaixo todos os registros de concussão até o momento no Brasileirão, de acordo com o Espião Estatístico:

O período de afastamento obrigatório é de cinco dias, porém os relatórios recebidos pela CBF indicam que os jogadores só retornam às atividades após um período de 6 a 14 dias após o trauma.

A CBF adotou a nova regra que permite substituições ilimitadas em casos de concussão, com autorização concedida pela IFAB, órgão que regulamenta as regras de arbitragem mundial. Essa alteração passou a ser uma opção válida para associações e federações de cada país a partir de 1º de julho, conforme atualização das regras para o biênio 2024/2025 da IFAB.

Procedimento

O protocolo, implementado pela CBF também na Série B, consiste em um atendimento médico inicial no campo de jogo por três minutos, com análise dos seguintes sintomas:

convulsão
perda de consciência
imobilidade do atleta ao cair
andar desorientado após a queda

O médico deve realizar perguntas simples aos jogadores que sofreram traumas, desde o placar da partida até a cidade do jogo e o nome do treinador, a fim de avaliar o estado de consciência após o impacto. Caso haja hesitação em alguma pergunta ou apresentação de algum dos sintomas mencionados, o jogador deve ser substituído imediatamente.

Cada profissional da área médica deve documentar o caso de concussão, indicando os sintomas presentes no atleta e o tratamento ao qual foi submetido, como exames de imagem, por exemplo. Todas as informações são encaminhadas para o controle médico da CBF.

A substituição adicional também permite que o treinador adversário faça mais uma alteração. Isso significa que, em caso de concussão em ambos os times, em momentos diferentes da partida, as equipes podem realizar até sete alterações em um único jogo – duas além das cinco permitidas pelas regras.