O Galo acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) por valores pendentes de três agremiações com as quais fez transações recentemente. Esses clubes são o Ceará, o Fluminense e o Vasco. A informação foi adiantada por Fred Augusto e confirmada por No Ataque nesta segunda-feira (6/5).
Em julho de 2022, o Atlético concretizou a negociação do meio-campista Guilherme Castilho com o Ceará. Na ocasião, o clube mineiro divulgou os detalhes da transferência: o Vozão se comprometeu a pagar R$ 9,65 milhões por 65% dos direitos econômicos do jogador – com o Galo retendo 20% e o Mirassol mantendo os outros 15%.
Já em dezembro de 2022, o Galo concluiu as operações de venda de Keno e Guga para o Fluminense. Na última quarta-feira (1/5), o Tricolor das Laranjeiras revelou em seu balanço financeiro os valores exatos das transferências: R$ 5,687 milhões pelo atacante baiano e R$ 9,668 milhões pelo lateral-direito carioca.
Também em dezembro daquele ano, alguns dias após as saídas de Keno e Guga, o Atlético firmou o empréstimo do zagueiro Vitor Mendes com o Fluminense. A taxa acordada previa o pagamento de R$ 569 mil ao clube mineiro.
Por fim, já em janeiro de 2023, o Galo efetivou a venda do volante Jair para o Vasco, por US$ 2,5 milhões (aproximadamente R$ 13,2 milhões na cotação da época). No mesmo ano, o Gigante da Colina realizou o empréstimo do lateral-direito Paulo Henrique junto ao Atlético, mediante uma taxa de R$ 500 mil. Em dezembro do ano passado, o jogador foi adquirido em definitivo por US$ 1 milhão (cerca de R$ 4,9 milhões na cotação da época).
Quais são os valores que o Ceará, Fluminense e Vasco ainda devem ao Atlético?
No balanço financeiro de 2023, divulgado na última segunda-feira (29/4), o Atlético detalhou as quantias que ainda tinha a receber de outros times ao final do ano passado. Dentre essas pendências, foram apontados os montantes ainda em aberto por Ceará, Fluminense e Vasco.
Ceará: R$ 3,613 milhões
Fluminense: R$ 12,746 milhões
Vasco: R$ 6,252 milhões
Total: R$ 22,611 milhões
Em dezembro de 2023, o Atlético tinha quase R$ 70 milhões a receber por transferências de jogadores (foto: Reprodução/Balanço financeiro da SAF do Atlético)
O que realiza a CNRD no futebol?
A Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) foi fundada em 2015 como um órgão autônomo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Seu principal propósito é gerenciar conflitos e litígios no âmbito do futebol – funcionando como uma espécie de tribunal esportivo.
Trata-se de uma alternativa ao sistema judiciário convencional, visando oferecer resoluções de processos de forma mais rápida e especializada no que diz respeito ao futebol. A CNRD é constituída por uma equipe de especialistas em legislação esportiva, incluindo advogados e juízes.
Esses profissionais analisam e julgam os casos apresentados. Os procedimentos são conduzidos de maneira eletrônica, permitindo a participação das partes envolvidas com maior comodidade.
O âmbito de atuação do órgão é abrangente. São examinados litígios contratuais entre jogadores, clubes e agentes; situações de descumprimento de regulamentos esportivos; transferências de atletas; questões disciplinares, dentre outras. Também é possível recorrer à CNRD como instância de apelação para decisões tomadas pela Comissão Disciplinar da CBF.
No caso das dívidas oriundas de negociações entre clubes, esses débitos cobrados junto à CNRD podem resultar em proibição de transferências. A penalidade implica que as agremiações condenadas fiquem impedidas de registrar novos jogadores durante os períodos de janelas de transferências.
Fonte: No Ataque
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