“Eu me arrependo até hoje. Deveria ter ido ao campo festejar. Porém, a pressão era imensa, antes e durante o jogo, o mandato era ‘vencer a todo custo’. Aquilo foi um desabafo. Aquela ida para o vestiário foi um desabafo, nada mais. Lamento. Devia ter comemorado com os jogadores no campo”, admitiu o ex-treinador em entrevista ao ge.
Quatro décadas atrás, o renomado técnico do Fluminense – que inicialmente almejava ser preparador físico – vivenciou seu primeiro grande feito com o clube que aprendeu a admirar, ao conquistar a Copa Brasil.
“Quando criança, eu era torcedor do Vasco. Minha família possui raízes portuguesas, porém, minha identificação como torcedor ganhou forma com o Fluminense. Ingressei no Fluminense em 1970, após a Copa do Mundo. A afeição, então, se estabeleceu de maneira natural. Não me tornei tricolor, isso é parte do processo ao trabalhar no futebol profissional”, ressaltou Parreira.
“Não sei se seria ousadia dizer que faço parte da história do Fluminense. Contribuí para a conquista de títulos, tive passagens muito positivas nas vezes em que estive lá. O Fluminense colaborou para edificar nossa trajetória esportiva. Embora raramente tenha comparecido ao Maracanã, nas ocasiões em que fui com meus netos, presenciei partidas do Fluminense. Mais de duas décadas se passaram, acredita-se que nem se lembrariam de mim. Surpreendentemente, torcedores ainda vinham me abraçar, parabenizar. É extremamente gratificante”, complementou.
Fonte: ge