O Maracanã celebrou 75 anos no último dia 16, e para marcar essa importante data, O DIA inicia hoje uma série de quatro episódios com ídolos dos principais clubes do Rio que ajudaram a moldar a história do emblemático estádio. Para este primeiro episódio, apresentamos um velho conhecido da torcida vascaína: o ex-goleiro Carlos Germano.
“O Maracanã representa um sonho de infância. Recordo-me de quando ainda era menino, em Domingos Martins, minha cidade natal. Brincávamos de futebol, fingindo ser jogadores do Vasco, ansiosos para jogar no Maracanã e em São Januário… O Maraca, especialmente por ser o maior estádio do mundo, onde os grandes atletas se destacavam, era um sonho para um garoto do interior do Espírito Santo. E esse sonho se tornou realidade. O estádio simboliza muito”, afirmou Germano.
Carlos Germano, o segundo jogador com mais partidas pelo Vasco (632), apenas atrás de Roberto Dinamite, brilhou durante a década de 1990 e fez parte de momentos marcantes do clube. Entre eles, destaca-se a conquista do Campeonato Brasileiro de 1997 e o tricampeonato carioca (1992, 1993 e 1994), que teve um peso especial devido à trágica perda de Dener, que faleceu em um acidente de carro aos 23 anos, em abril de 1994.
“Recordo com clareza do tricampeonato carioca no Maracanã, mas o que ficou gravado na memória foi o Brasileirão de 1997. Um ano decisivo que nos levou à conquista da Libertadores. O Carioca teve um peso emocional, pois perdemos o Dener nas finais, e isso nos afetou profundamente. Três anos depois, Edmundo brilhou no Brasileiro. O Vasco precisava empatar nas duas finais contra o Palmeiras, e eu sabia que não podia tomar gols (os jogos terminaram 0 a 0). A pressão era enorme. Assim, essa conquista será lembrada para sempre; foi meu primeiro título nacional”, relembrou.
Para Carlos Germano, ter jogado no Maracanã é uma lembrança que guarda com muito carinho. O ex-goleiro viveu o auge de sua carreira no Vasco e foi o último jogador do clube a participar de uma Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, atuando como reserva de Taffarel em 1998, na França.
Na edição de amanhã, será a vez de Túlio Maravilha compartilhar suas histórias vividas no Maracanã, defendendo as cores do Botafogo.
Fonte: O Dia