A implementação e fiscalização do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro estarão sob a supervisão de um órgão independente, embora vinculado à CBF. Na última terça-feira, a confederação promoveu uma reunião em sua sede no Rio de Janeiro, reunindo clubes, federações, especialistas do setor financeiro e consultores para discutir a aplicação desse sistema, que tem o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira dos clubes.
Esse novo órgão será constituído até o início de 2026 e contará com especialistas da área econômica. Sua estrutura será similar à da CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), que tem a função de mediar conflitos no futebol.
A aplicação do Fair Play Financeiro será gradual, permitindo que os clubes se ajustem às novas normas. Em caso de descumprimento, existem sanções previstas, como multas, restrições de contratação de jogadores, perda de pontos e até rebaixamento, com punições aplicadas de maneira escalonada.
Há dez anos, a CBF tentou implementar um regulamento semelhante, que consistia na perda de pontos de clubes com pagamentos atrasados a jogadores, mas as punições foram raras e as irregularidades persistiram.
O novo modelo de Fair Play é mais abrangente, considerando aspectos como endividamento, impasses entre clubes e controle de gastos. A expectativa é que a execução das regras, agora parte de um “regulamento interno”, seja mais eficaz.
A formulação do Fair Play Financeiro está em sua etapa final, e os clubes têm prazo até a próxima sexta-feira para enviar sugestões. O modelo definitivo será revelado durante o evento Summit CBF Academy, marcado para 26 de novembro.
Fonte: ge








