As últimas semanas foram marcadas por intensas reuniões no Vasco, onde são discutidos aspectos fundamentais da reforma de São Januário. O clube agora vê como muito improvável o início das obras no primeiro semestre de 2026 e está realizando ajustes significativos no projeto. Entre os tópicos centrais em debate, destacam-se a capacidade do público e o custo total da obra.
Anteriormente, havia a esperança de que as obras começassem em 2026, mas a situação mudou. O Vasco está conduzindo estudos complementares e percebe que as etapas burocráticas, como os processos de transferência e licenciamento, são obstáculos para definir uma data com precisão neste momento.
O plano inicial previa a ampliação da capacidade do estádio para cerca de 47 mil espectadores. No entanto, após análises econômicas, a estimativa agora oscila entre 43 mil e 57 mil lugares. Análises mais recentes indicam que a capacidade ideal deve ser em torno de 45 mil torcedores.
Atualmente, o Vasco trabalha com um orçamento de R$ 800 milhões para garantir a viabilidade das obras. Este valor ainda não é definitivo, mas representa uma nova previsão, pois inicialmente o custo estimado era de R$ 500 milhões. A informação sobre essa nova estimativa foi divulgada primeiramente pelo canal “Atenção, Vascaínos”. O aumento nos custos é atribuído à correção dos preços na construção civil, visto que o projeto foi concebido há bastante tempo.
Como juntar R$ 800 milhões?
Essa questão é relevante, especialmente com o Vasco negociando a venda do potencial construtivo de São Januário por mais de R$ 500 milhões. A principal fonte de receita identificada para ajudar a completar o orçamento é a venda dos naming rights do estádio, embora outras opções de captação de recursos também estejam em consideração.
O prazo para a SOD Capital, empresa interessada na compra do potencial construtivo, exercer a opção está se aproximando do fim. Em setembro, o Vasco estendeu o período até 12 de dezembro.
No início de outubro, o Vasco e a Prefeitura do Rio assinaram o termo definitivo de transferência do potencial construtivo, garantindo assim ao clube a autorização formal para comercializar essa área.
Outros pontos
O Conselho Consultivo encarregado da reforma se reuniu na última terça-feira, na Sede Náutica da Lagoa, focando principalmente nas intervenções planejadas para o entorno do novo São Januário.
Os membros do Conselho consideram viável estender a linha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) até o estádio, o que facilitaria a chegada e saída dos torcedores. A Prefeitura já tem planos para levar o VLT até São Cristóvão, com uma estação localizada a cerca de um quilômetro do estádio. O Conselho — com a participação do secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder — propõe que essa estação seja situada a aproximadamente 400 metros de São Januário.
– Demos início às discussões sobre intervenções, como a duplicação da Avenida Roberto Dinamite e, principalmente, o projeto do VLT. Existe uma perspectiva de que o VLT alcance os arredores de São Januário, entre 900 metros e 1 quilômetro. A Prefeitura mostrou interesse em avaliar a viabilidade de trazer a estação para mais perto do estádio – explicou Renato Brito, 2º vice-presidente do Vasco.
– O Vasco se colocou à disposição para destinar parte dos 6% da verba do potencial construtivo para essa intervenção. Essa foi uma conversa inicial, mas, se o Vasco e a Prefeitura conseguirem unir esforços, uma estação mais próxima será crucial para o fluxo de pessoas no novo estádio – complementou o dirigente.
Projeto de extensão da linha do VLT até São Januário — Foto: ge
A proposta de estender o VLT já havia sido mencionada anteriormente pelo vereador Pedro Duarte, que representa a Câmara no Conselho Consultivo. Uma nova reunião está prevista para as próximas semanas, com a presença do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima.
Durante a última reunião, também foi discutida a relevância de implementar um programa de habitação para a Barreira do Vasco, seguindo modelos semelhantes ao projeto em andamento na Comunidade do Aço, em Santa Cruz. No entanto, isso ainda é apenas uma ideia inicial.
Fonte: ge
Projeto de reforma de São Januário, estádio do Vasco — Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias
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