Os credores do Vasco foram convocados para uma Assembleia Geral crucial, que discutirá o futuro do plano de recuperação judicial do clube. A reunião ocorrerá nesta quinta-feira, às 14h (horário de Brasília), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Mas quais são os interesses do Vasco nesta Assembleia?
O principal foco da reunião é possibilitar que os credores aprovem, rejeitem ou modifiquem o plano de recuperação judicial do Vasco. Caso não haja quórum suficiente, uma nova assembleia será agendada para o dia 20 de outubro.
O plano delineia como os credores serão pagos e como o Vasco e a SAF planejam reestruturar suas dívidas. Portanto, a Assembleia é essencial para determinar os próximos passos na reestruturação financeira do clube.
Se o plano for aceito, a proposta de pagamento será encaminhada ao Judiciário para homologação. Entretanto, se a proposta for rejeitada, a Administração Judicial conjunta poderá conceder um prazo de 30 dias para que os credores apresentem uma nova proposta.
Nas últimas semanas, o plano de recuperação judicial enfrentou contestações de ex-jogadores e clubes que constam na lista de credores. Essas objeções foram registradas na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro e alegam ilegalidades, um deságio exagerado e falta de viabilidade econômica.
No dia 1º de outubro, o Olimpia, do Paraguai, também questionou o plano, alegando que ele estabelece um tratamento desigual entre credores da mesma classe. Apenas aqueles que participaram das mediações conduzidas pela FGV receberam condições mais favoráveis. A manifestação ressalta que a proposta “cristalinamente favorece alguns poucos em detrimento da maioria”, infringindo o princípio da isonomia.
No final de agosto, o Ministério Público do Rio de Janeiro havia identificado “graves ilegalidades” no plano de recuperação judicial do Vasco e da SAF, especialmente em relação às dívidas trabalhistas, destacando a necessidade de corrigir os pontos ilegais antes da Assembleia Geral dos Credores. O MP indicou que a homologação pelo Juízo Recuperacional seria inviável, mesmo com a aprovação dos credores.
Em um parecer preliminar, o MP classificou algumas cláusulas como abusivas, discriminatórias e que “afrontam o ordenamento jurídico”. O órgão recomendou que o clube revisse partes do documento antes da Assembleia Geral de Credores, que decidirá o futuro do processo.
Fonte: ge