O BTG é um dos principais jogadores no mercado em diálogo com a diretoria cruzmaltina e, conforme informações do Pipeline, do Valor Econômico, está fazendo uma proposta de crédito válida para os próximos dois anos e meio, que totalizaria R$ 165 milhões, com 59% das ações do clube como garantia — 20% das ações da associação e 39% que envolvem a disputa judicial com a empresa americana — além de outros ativos. O BTG, ao ser contatado, não se pronunciou.
A proposta, que apresenta uma taxa de juros de 11,5% ao ano e utiliza as ações da SAF como colateral, não foi apresentada de forma direta e clara ao Vasco, de acordo com fontes do clube. Ao tomar ciência dos detalhes, a diretoria emitiu uma nota afirmando que “nunca aceitaria” tal oferta.
No blog, as justificativas para a recusa:
Uma das principais razões é a natureza considerada abusiva da proposta. Fontes do clube alegam que, em momento algum, o BTG apresentou um plano esportivo bem definido que garantisse a continuidade do Vasco, apenas sugeriu uma solução de crédito que, segundo a visão do clube, o sufocaria financeiramente a médio prazo, colocando o banco no comando do clube em caso de inadimplência.
Além dos juros elevados, a possibilidade de o banco interferir na eleição do presidente e nas decisões do conselho do clube foram vistas como excessivas. Adicionalmente, a proposta não atende à necessidade vital do Vasco, que é garantir operações financeiramente sustentáveis após a ruptura com a 777, permitindo que o clube pense a longo prazo como um “grande time”.
Ao considerar uma proposta como a do BTG, o Vasco entende que estaria entrando em uma nova sociedade, enquanto, na verdade, busca no banco ou em qualquer outro parceiro os recursos necessários para manter a administração atual até encontrar um comprador que compreenda a direção que o clube deseja tomar. As negociações com o banco continuam em andamento.
Vale lembrar que também estão em pauta conversas com a seguradora A-CAP para a venda da SAF. A 777 Partners, a empresa americana que possui 70% das ações, está enfrentando sérios problemas financeiros e processos judiciais. A SAF do clube permanece sob a gestão do presidente Pedrinho, que aguarda a retomada da arbitragem judicial, que foi suspensa para permitir a conclusão da venda da SAF pelo Vasco e pela seguradora americana.
Fonte: Blog Diogo Dantas – O Globo