Fábio Carille classificou o empate por 3 a 3 entre Vasco e Melgar, realizado nesta quarta-feira no Peru, como um resultado amargo. A equipe vascaína chegou a liderar a partida com 3 a 1, mas recuou excessivamente no segundo tempo, permitindo que os peruanos marcassem dois gols nos minutos finais, na sua estreia na Sul-Americana. O técnico destacou as dificuldades enfrentadas devido à altitude e afirmou que, com mais atenção, a vitória poderia ter sido assegurada fora de casa.
— O resultado é amargo pelas circunstâncias do jogo. Não conseguimos subir as linhas. Não é uma desculpa, mas muitos jogadores pediram oxigênio no intervalo. Apenas João Victor da linha defensiva não pediu. Outros também sentiram e a nossa posse de bola foi comprometida no segundo tempo. Em meio a essas dificuldades, devemos valorizar esse ponto conquistado, mas com mais foco, poderíamos ter voltado com três pontos.
— Sobre a partida, tudo que previmos aconteceu. O time buscou muito as jogadas pelas laterais e os cruzamentos. Apesar de termos nos preparado para isso, não conseguimos executar bem essa parte. Os três gols que sofremos foram de jogadas aéreas. Precisamos manter a cabeça erguida e focar no Brasileiro a partir de agora.
Fábio Carille, técnico do Vasco — Foto: André Durão
Após algumas alterações feitas pela equipe, o Melgar ganhou maior espaço no ataque, levando o Vasco a perder o controle da posse de bola. Carille finalizou a partida com três zagueiros e três volantes, mas mesmo assim o terceiro gol do adversário foi marcado nos instantes finais, fazendo com que a vitória escapasse. Ao ser questionado se as mudanças na equipe permitiram que o adversário se aproximasse, ele explicou que sua proposta não foi bem colocada em prática.
— Em primeiro lugar, não utilizamos essa estratégia para deixar o adversário encurralado. A ideia era ampliar a presença de jogadores no meio de campo para controlarmos a posse de bola e sairmos jogando. Infelizmente, não conseguimos. Recuperávamos a bola, mas o adversário logo pressionava em nosso campo e recuperávamos de novo, sem conseguir manter a posse.
— Independentemente dos jogadores escalados, nosso intuito nunca é convidar o adversário. Lamentavelmente, não funcionou como planejado. Estou satisfeito com o elenco. Aqui, quando ganhamos, todos vencem; se algo der errado, todos perdem. Meu trabalho é orientar e corrigir.
Agora, o Vasco vira a sua atenção para o Campeonato Brasileiro após o empate na Sul-Americana. A equipe deixará Arequipa, no Peru, e seguirá direto para São Paulo, onde se preparará para enfrentar o Corinthians, no sábado, às 18h30. O técnico demonstrou sua insatisfação pelo resultado, mas reconheceu a importância do ponto conquistado e já se prepara para o próximo duelo.
— A preparação para este jogo foi mínima. Tivemos um confronto intenso no domingo pelo Brasileiro, seguido de uma viagem cansativa. Praticamos atividades leves para manter a energia dos jogadores. Saio descontente por não ter conquistado mais pontos, mas estamos focados no Corinthians no sábado e depois voltaremos a pensar na Sul-Americana.
Confira outras declarações do técnico
Sobre jogar em altitude
Quando jogamos aqui, consideramos o desempenho que tiveram contra o Cerro. Sabíamos que seria desafiador e não pensávamos em marcar três gols. Conseguimos, porém, o empate, dadas as dificuldades, seria um resultado aceitável. No entanto, devido a todas as circunstâncias, ficamos decepcionados.
Sobre o calendário
O que venho dizendo à imprensa é que devemos focar no dia a dia, sempre nos preparando para o próximo jogo. Se não fizermos isso, não vamos avançar. Não posso pensar no jogo de terça se temos uma partida importantíssima no sábado. Agora, meu foco será nas conversas com a equipe médica, técnica e física para tomarmos as melhores decisões, dedicando atenção apenas ao jogo de sábado. Após essa partida, voltamos a nos concentrar na Sul-Americana.
Fonte: ge