— O Hugo já foi meu jogador durante meu breve período no Athletico-PR, e eu realmente gosto dele, lá ele era titular. A briga está acesa, não temos um time definido ainda. Isso é positivo, porque se o Hugo não começar jogando, vai pressionar os titulares a se doarem ainda mais. Temos o Matheus, que se destacou no ano passado e merece ser lembrado. Isso traz um ótimo equilíbrio ao time.
— A equipe está bem equilibrada em várias posições e isso é essencial. Nossa defesa foi muito sólida hoje, com os dois zagueiros e os laterais se comportando perfeitamente. Sofremos pouco diante de um time bem entrosado.
Paulo Henrique celebra gol ao lado de Hugo Moura – Maricá x Vasco — Foto: Alexandre Loureiro/AGIF
Carille explicou a opção pelos reservas, dentre os quais apenas Vegetti e Léo Jardim eram titulares frequentes. O treinador do Vasco destacou que consultou o departamento médico para decidir a melhor escalação.
— Entre os poupados, o Oliveira chegou na segunda-feira reclamando de dores na coxa, mas hoje treinou normalmente. Eu sei que ele não andava jogando muito, o conheço desde o tempo de Cruzeiro. O Jair e o Paulinho tiveram um ano complicado, então ouvimos os profissionais e tomamos a melhor decisão. E o Coutinho, em relação ao seu histórico, precisa de atenção constante, mas vamos trabalhar para que todos estejam prontos.
Sobre a forma física do elenco, Carille também elogiou a atuação de Payet, que jogou os 90 minutos, mas comentou que será complicado contar com ele no próximo jogo contra o Volta Redonda.
Payet usa camisa em homenagem a Roberto Dinamite – Maricá x Vasco — Foto: Alexandre Loureiro/AGIF
— É um atleta experiente, que sabe como lidar em campo. Conversei com ele durante o jogo, e ele disse que estava bem, mas no final percebi que ele estava mais cansado. Ele tem um espírito guerreiro e tentamos fazer algumas adaptações para potencializá-lo, mas provavelmente não o terei sábado por conta do desgaste. Em três dias temos outro jogo e precisamos cuidar dele, especialmente no início da temporada, para que tenhamos o grupo inteiro à disposição.
Carille também destacou a performance da defesa, que foi escalada com uma linha de quatro totalmente reserva: Puma, Souza, Lucas Freitas e Victor Luís. O técnico indicou que a comissão técnica ainda está avaliando o zagueiro Capasso, que tem treinado com o elenco, mas não foi relacionado para os jogos principais.
— Nossos zagueiros tiveram uma atuação muito firme. Estamos observando o Capasso. Aqui não somos laboratório. Já estamos há 22 dias em trabalho e esse foi o sexto jogo do time. Quarta, domingo e quarta em sequência. Eu já conheço a maioria desses jogadores. Temos muito a melhorar, mas vencer é sempre mais gostoso. É um grupo muito comprometido. Acompanhei aqueles que não jogaram, todos treinaram com afinco.
Embora tenha elogiado a defesa, Carille fez uma análise crítica sobre o ataque. Ele mencionou que a frente do Vasco sofreu devido à falta de entrosamento, pois muitos jogadores que estavam em campo eram reservas.
— Os jogadores da frente estavam prejudicados hoje. Quando não temos entrosamento, a bola não chega de forma eficiente. Estamos trabalhando muito na parte defensiva. O Jean David é um ótimo jogador, tem um histórico considerável, mas o vejo mais como um meia do que como um atacante. Ele tem bom controle, mas não o vejo como um jogador de um contra um. O Maricá vem fazendo um ótimo trabalho sob o comando do Reinaldo, e sempre respeitamos nosso adversário, mas seguimos com confiança em nossa proposta.
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Jovens talentos e brincadeira com Zuccarello
— Esses garotos vão ter espaço comigo. Pensei em colocar o Zuccarello, mas optei por dar tempo para ele se adaptar, ele treinou pouco após a copinha. Quero que ele entre em campo sabendo o que fazer. Brinquei que ele foi para o meio-campo e deixou o Payet cobrindo o lateral aos 40 minutos do segundo tempo. Ele deu risada. Eu preciso ter cautela nesse início, não estou conseguindo trabalhar como gostaria, são muitos jogos seguidos, mas em breve teremos uma semana aberta, e estarei mais próximo dos jovens que estão subindo, como Lyncon, Luiz Gustavo e Euder, que vi jogar na Copinha. Estarei sempre observando.
Alterações na equipe
— Neste começo de trabalho, estou mudando bastante, devido ao que os jogadores apresentaram em campo. Com o esforço que tiveram hoje, será difícil que estejam plenamente fisicamente para o jogo de sábado. Já devíamos ter avançado com a pré-temporada, sabemos o quanto é crucial: 35 dias de férias, 40 dias de pré-temporada, e agora jogamos seis ou sete vezes, é complicado. Estou planejando algumas avaliações durante o campeonato; isso não é ideal, mas é necessário. Não há jogos-treinos. Muitas vezes, os treinos não mostram o que realmente precisa ser analisado. Estamos entendendo o que funciona melhor e faremos experiências durante a competição.
Planejamento
— Temos jogos agendados para sábado, quarta e segunda, o que é bom para nossa recuperação, já que evitamos a sequência intensa de quinta, domingo e quarta. Então jogaremos sábado, enfrentaremos o Fluminense na quarta e o próximo jogo será na segunda. Isso facilita, e ajudará muito a escutar o departamento médico antes de quaisquer decisões. Agora, será difícil repetir esse cenário. Vamos analisar cada rodada e ouvir todos para tomar as melhores decisões.
Souza
— É minha primeira experiência trabalhando com ele, mas já o observava. Não avaliarei um jogador por um único lance. Hoje ele fez uma partida sólida, em um campo que não favorecia. Errou em uma leitura, mas é compreensível. Ele é um atleta com uma trajetória muito relevante fora e tem se dedicado, tornando-se uma opção importante. A forma como jogamos exige que ele seja versátil, atuando como primeiro volante que pode contribuir para os nossos meias se destacarem também.
Paulo Henrique
— O Puma tem uma aproximação mais construtiva, porém a falta de entrosamento o impactou. É diferente do Paulo Henrique, que é veloz e busca o espaço. É nítido que nossos laterais têm liberdade para finalizar. O Piton teve chance em Manaus e Victor Luís quase marcou em um cruzamento. Eles têm total licença para avançar e criar oportunidades.
Fonte: ge
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