Confira outros assuntos abordados por Fábio Carille na coletiva após o jogo Nova Iguaçu 0 x 3 Vasco.

A formação inicial trouxe um quarteto ofensivo com Coutinho, Rayan, Vegetti e o novato Nuno Moreira, que se destacou na partida. O treinador destacou a relevância do jogador português para o bom desempenho da equipe.

– Não são três atacantes, o Nuno é meia. Ele sabe ocupar bem os espaços, jogando tanto pelo meio quanto pela direita. Gosto de ter um lado mais incisivo e outro que pense mais, proporcionando amplitude com o lateral. O que mais me deixa contente é o quanto o Coutinho evoluiu, tendo a liberdade de atuar como armador. É ótimo ter um jogador que se movimenta, se posiciona e toca a bola rapidamente, como foi o caso do Nuno hoje, isso não só aprimorou o futebol do Coutinho, mas o fez crescer.

“O Nuno é um atleta excepcional para o equilíbrio do time. Um meia que agiliza o jogo com passes e não com dribles.”
— Fábio Carille

Rayan, autor do primeiro gol da partida, se destacou principalmente pelas laterais, enquanto Vegetti atuou como referência no ataque. No entanto, o jovem da base já demonstrou habilidade para atuar centralizado quando necessário.

Como ele esteve com a seleção sub-20, campeã do Sul-Americano, as oportunidades de treinamento com o técnico foram limitadas.

– Não visualizei o Rayan como um 9. Ele estava na Seleção, voltando a jogar mais pelos lados. Já o vi atuar como centroavante contra o Bahia, mas quero explorar ainda mais seu potencial, seja na ponta ou centralizado. No meu primeiro jogo, ele finalizou três vezes e fez um gol, faltava essa presença na área. Em breve, posso avaliar se posso utilizá-lo como reserva do Vegetti.

Agora, o Vasco volta as atenções para a semifinal do Campeonato Carioca, em um duelo contra o Flamengo. Após perder o primeiro confronto por 1 a 0, precisam vencer por dois gols de diferença para garantir a vaga na final.

– A preparação para sábado será mais psicológica, pois vamos precisar de muita sabedoria e cautela na vontade de vencer. Tivemos uma gana excessiva e acabamos levando quatro cartões, isso não pode se repetir. Sem a bola foi excelente, porém com a bola precisamos melhorar. É fundamental recuperar bem e potencializar.

Fábio Carille em Nova Iguaçu x Vasco — Foto: André Durão

Confira outras considerações do treinador:

Saída de Vegetti no jogo

– Foi uma estratégia visando o jogo de sábado. Temos um confronto importante pela frente e precisaremos de inteligência e sabedoria para mudar a situação.

Coutinho

– Nós, como comissão técnica, temos que extrair ao máximo o que ele pode oferecer. Venho conversando com ele para que esteja em sua melhor forma. Se ele estiver bem, o Vasco também estará. Com os três novos jogadores, nosso meio de campo vai funcionar melhor e precisaremos ter a bola no ataque. Cada um com seu estilo, mas é crucial manter a posse no campo adversário.

Rayan de centroavante ou ponta

– Não vejo o Rayan como um 9. Ele estava na seleção, chegou jogando mais pelas laterais. Reconheço que jogou como centroavante contra o Bahia, mas quero trabalhar mais para potencializá-lo pelos lados. No meu primeiro jogo, ele finalizou três vezes e fez um gol, isso é o que estava faltando. Ele oferece uma presença importante na área. Com o tempo, poderei avaliar se posso escalá-lo como reserva do Vegetti.

Coutinho batendo pênalti e possibilidade de Coutinho de centroavante

– O pênalti foi uma decisão entre os jogadores, temos ótimos batedores no elenco. Não imagino Coutinho atuando como 9, de costas. Isso não passa pela minha cabeça. Sei o quanto o Alex Teixeira já jogou assim na China, cheguei até a querer contratá-lo em outra equipe. O Coutinho não me parece um jogador para essa posição.

Melhor atuação? Como influencia para sábado?

– Fiquei muito satisfeito com a atuação contra o Madureira em Manaus, foi um primeiro jogo além do esperado. Contudo, o que vimos hoje foi realmente muito bom. A preparação para sábado será mais sobre mentalidade, pois precisaremos ser sábios e controlar a vontade de vitória. Tivemos uma gana excessiva e acabamos levando quatro cartões, isso não pode acontecer novamente. Sem a bola, fomos bem, mas com a bola precisamos evoluir. É importante nos recuperarmos bem e potencializarmos. Se sofrermos um gol, precisamos seguir em frente. Nos preparamos para evitar gols, mas o adversário também está trabalhando para marcar. Não podemos nos desmoronar. A preparação a partir de amanhã será nesse sentido (conversa). Não poderei impor intensidade alguma para sábado, não há como fazer isso.
Fonte: ge