“Estou muito contente e satisfeito com o que estamos construindo”, afirmou o técnico.
“Tivemos muitas ausências, mas demos oportunidades para outros jogadores mostrarem seu valor, tanto para a torcida quanto para eles mesmos, provando sua capacidade. Os jovens da base não decepcionaram, eles possuem boa bagagem. Chegaram bastante motivados. Ficamos felizes com o desfecho positivo, somando os três pontos. Jogar aqui é muito complicado, o Inter é muito forte. Estamos evoluindo bem, agora é manter a humildade para continuar nesse caminho”, completou.
O Vasco foi desfalcado de quatro titulares suspensos por cartão amarelo: Maicon, Lucas Piton, Hugo Moura e David. Além disso, o meia Payet também ficou de fora devido a lesão.
Rafael Paiva explicou que, diante desse cenário, mesmo com improvisações em algumas posições, sua cobrança principal é por uma boa execução tática.
“Sempre buscamos uma estrutura que nos permita jogar, mas adaptada conforme as características do adversário. Incentivo os jogadores a não se limitarem à estrutura tática, cobro deles a funcionalidade. Estamos testando alguns jogadores em funções diferentes no campo, e o grupo tem respondido bem. Mesmo jogadores atuando fora de suas posições habituais, estão desempenhando bem suas funções. Isso é o mais relevante. Saber defender, atacar nos espaços certos… Nossa construção tem se baseado nesses princípios. Ter clareza nas ações com e sem a posse de bola, independente da estrutura tática”, disse.
No primeiro tempo, o Internacional foi superior, mantendo 60% de posse de bola e sete finalizações, contra duas do Vasco. Paiva ressaltou a necessidade da equipe se doar mais em momentos como esse.
“Estou tranquilo e satisfeito com nossa evolução. Consigo enxergar a identidade da equipe refletida em campo, o que é muito gratificante. Conseguimos vitórias e pontos na maioria dos jogos. Isso é crucial. Não abrimos mão disso, precisamos competir, lutar, principalmente nos momentos de dificuldade. Era preciso se dedicar mais. Para conquistar pontos, é necessário ter qualidade na finalização das jogadas, e é isso que estamos buscando. Passo a passo, jogo a jogo. Sem perder nossa entrega e garra. Buscamos aprimorar cada vez mais nosso desempenho para progredir na tabela”, pontuou.
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Utilização da base
“Isso valoriza bastante o trabalho da base. Contamos com profissionais talentosos atuando na formação, excelentes treinadores. A transição não é fácil, é necessário apresentar resultados em curto prazo, senão não se recebe continuidade. Quando conseguimos pontuar e conquistar vitórias, isso valoriza muito os jovens da base. Tivemos 10 atletas formados na base em campo, até mesmo um jogador de 16 anos. Isso é muito gratificante e fortalece o trabalho que realizamos na base. Esses jogadores possuem total capacidade para corresponder, e isso é o mais importante. Não se trata apenas de promover por promover. Com paciência, veremos surgir jogadores de qualidade”, destacou.
Reação no Brasileirão
“Sempre disse a eles que ninguém mais poderia mudar nossa situação além deles mesmos. Atitude, confiança para jogar… Era preciso entender que, ao nos equilibrarmos melhor, conseguiríamos pontuar com mais frequência. Sem abrir mão da posse de bola constantemente. Foi um processo baseado nisso, uma construção diária. Parte mental, técnica, tática. Diversos aspectos interferem no resultado a curto prazo. Os jogadores se esforçaram muito, mudaram bastante sua postura. Todo o mérito é deles. É um trabalho contínuo, que envolve várias pessoas. Estamos no caminho certo, buscando dar sequência”, afirmou.
Análise da partida
“O Internacional foi superior a nós no primeiro tempo, souberam nos pressionar, nos causaram muitos problemas. Tivemos dificuldade para sair jogando sob pressão. Mérito total do Internacional, são muito organizados. Conseguimos criar algumas oportunidades de contra-ataque. Equilibramos o jogo no segundo tempo. Cada partida tem sua história. Precisamos analisar depois, identificar o que podemos melhorar em determinadas situações. Com tantos jogos em sequência, fica complicado treinar. Há muita conversa e pouco treino. Devemos continuar apresentando um bom futebol, equilibrados. Sofrendo como sofremos no primeiro tempo, mas sem sofrer gols. Temos conversado muito sobre isso, pois quando conseguimos impor nosso jogo, sabemos que podemos buscar a vitória”, analisou.
Melhora ao longo do jogo
“Durante a partida, conseguimos ajustar nossa estratégia e neutralizar o jogo do Internacional. Identificamos as fraquezas deles, onde estávamos sendo prejudicados. Implementamos algumas mudanças estratégicas que surtiram efeito. Sempre buscamos pressionar o adversário em seu campo, porém o Internacional nos empurrava para trás, devido à intensidade imposta. Conseguimos suportar a pressão sem sofrer gols, o que foi crucial. Com 15 minutos, promovemos duas alterações que deram certo. Os jovens entraram muito bem, desempenharam um ótimo segundo tempo e conquistamos a vitória”, explicou.
Distância da zona de rebaixamento
“Atuar próximo ao Z-4 gera uma pressão imensa. Faz parte do processo, e acho que lidamos bem com essa pressão. Sabíamos o que precisávamos fazer e fomos recompensados com os resultados nos últimos jogos. Agora, é manter a humildade, não podemos nos acomodar. Precisamos somar o máximo de pontos possível para nos distanciarmos cada vez mais e, quem sabe, almejar uma vaga na Libertadores ou Sul-Americana no futuro”, concluiu.
Fonte: ge