O Vasco amargou sua quinta derrota consecutiva no Campeonato Brasileiro após o jogo contra o Bahia, realizado no domingo. Em um período de apenas três semanas, o clube caiu da oitava posição para o 13º lugar. Quais são os fatores que contribuem para essa sequência negativa?
O ge identificou cinco razões que esclarecem a queda de desempenho do Vasco, abordando aspectos físicos, mentais, técnicos e táticos. Confira a seguir.
Fernando Diniz em jogo do Vasco em São Januário — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Desmotivação no Brasileirão
Fernando Diniz, que assumiu o cargo em maio, tinha como objetivo afastar o Vasco do perigo do rebaixamento. No entanto, mesmo com algumas oscilações, o time alcançou 42 pontos na 30ª rodada, fazendo os torcedores esquecerem o risco de baixar para a segunda divisão. No entanto, há uma percepção de desmobilização após derrotas para São Paulo e Botafogo, levando a equipe a perder a chance de brigar por uma vaga na Pré-Libertadores.
Com cinco derrotas consecutivas, o Vasco tem apenas três partidas remanescentes para atingir a marca dos 45 pontos. A situação é alarmante também para Vitória e Santos, que tentam escapar da zona de rebaixamento. O clube carioca, por sua vez, se complicou e enfrentará um jogo decisivo contra o Internacional.
Crise de confiança
A série de resultados negativos resultou na perda de confiança do elenco. Nos últimos confrontos, o Vasco não conseguiu mostrar um estilo de jogo condizente com as ideias de Diniz. Na partida contra o Bahia, a equipe recorreu a jogadas diretas, uma estratégia que o treinador atribuiu à falta de confiança para jogar de forma mais trabalhada.
Fase baixa do ataque
Na sequência dos últimos cinco jogos, o Vasco anotou apenas um gol. O ataque, que antes era um dos pontos fortes do time, entrou em declínio. Durante as vitórias anteriores contra Bahia, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Bragantino e Vitória, o time marcou 16 gols, com uma média quase de três gols por partida.
Com o desempenho em queda, os atacantes como Rayan, Andrés Gómez e Nuno Moreira apresentaram baixa produtividade. Enquanto o colombiano não conseguiu mostrar boas atuações, o português teve dificuldades devido ao desgaste físico. Rayan, que antes era destaque, não conseguiu ajudar a equipe como antes, e Vegetti perdeu espaço após desempenhos ruins e retornou ao banco.
Rayan em ação pelo Vasco contra o Grêmio — Foto: Matheus Lima/Vasco.
Erro no sistema defensivo
Em toda a sequência de derrotas, falhas defensivas tiveram papel crucial nos resultados. A seguir, estão alguns erros cometidos pela equipe em cada derrota:
- São Paulo: primeiro gol originado de um pênalti cometido por Paulo Henrique.
- Botafogo: pênalti infantil de Cuesta que resultou no primeiro gol do adversário.
- Juventude: falhas de Cuesta no primeiro gol e de Nuno Moreira no segundo.
- Grêmio: passes errados de Barros e Coutinho que levaram a gols do Grêmio.
- Bahia: Robert Renan foi incapaz de marcar Pulga, deixando o cruzamento livre.
Instabilidade emocional
A equipe não demonstrou resiliência nas três primeiras derrotas dessa sequência. O time se desestabilizou emocionalmente após ficar atrás no placar contra São Paulo e Botafogo, e um gol sofrido no empate contra o Juventude teve um impacto negativo significativo.
A performance em São Januário foi marcada por um colapso, culminando em uma derrota por 3 a 1. Os jogos contra Bahia e Grêmio também foram afetados por essa fragilidade emocional após os resultados ruins.
Fonte: ge







