O Vasco continua em diálogo com potenciais investidores e troca documentos — para isso, é necessário um NDA (acordo de confidencialidade) assinado —, mas não houve grandes progressos até o momento. Para acelerar as negociações, a diretoria está prestes a firmar um contrato com a G5 Partners, como foi revelado pelo ge no final do mês passado. Esta empresa oferecerá diversos serviços e ficará responsável por buscar propostas para a venda do futebol do clube. A assinatura deve ocorrer nos próximos dias.
Pedrinho, presidente do Vasco, na Neo Química Arena — Foto: Fabio Giannelli/AGIF
Um dos desafios enfrentados pelo Vasco nas negociações com investidores é a dívida do futebol. No último balanço financeiro, divulgado no final de abril, a dívida da SAF era de R$ 1,18 bilhão. A questão dos valores costuma afastar o interesse de potenciais compradores.
No entanto, de acordo com informações do ge, fatores como o potencial de receita e a recuperação judicial estão a favor do Vasco no mercado de investidores. Essas características são vistas como vantagens para o clube de São Januário, que está conseguindo manter os salários em dia e permanece na Série A, situação bem diferente da venda em 2022, que ocorreu enquanto o clube estava na Série B.
A diretoria de Pedrinho tem o objetivo de vender a SAF e não considera a disputa jurídica como um obstáculo para os investidores, pois acredita que vencerá na arbitragem da FGV relacionada aos contratos com a 777 Partners.
O Vasco chegou a planejar uma viagem à Europa em abril para encontros com possíveis investidores. A ideia era realizar reuniões presenciais para acelerar as tratativas com aqueles que já assinaram NDAs. Contudo, apesar da intenção de promover as reuniões, os encontros não ocorreram devido à falta de disponibilidade na agenda dos interessados.
Pedrinho em posse como presidente do Vasco — Foto: Fotos: Dikran Sahagian/Vasco da Gama
O papel da G5 Partners no processo de captação de investidores será semelhante ao da KPMG, que atuou como intermediária na venda do Vasco para a 777, recebendo uma comissão de 3% na transação.
Conforme informações do site da G5, a empresa, criada em 2007, gerencia R$ 35 bilhões em ativos e já acumula mais de R$ 230 bilhões em transações de fusões e aquisições, além de mais de R$ 190 bilhões em reestruturações financeiras.
Embora o Vasco tenha recebido consultas de investidores e enviado informações quando solicitado, a diretoria do clube confirma que não houve propostas concretas até agora. Um dos casos mais notáveis envolve o empresário grego Evangelos Marinakis, que também está em negociações com o São Paulo, mas não houve progresso recente nessas tratativas.
Fonte: ge