O Vasco finalmente se despediu da Copa Sul-Americana nesta terça-feira, após um empate em 1 a 1 com o Independiente del Valle. O confronto, que tinha um tom quase protocolar, ocorreu após uma dura derrota de 4 a 0 no primeiro jogo em Quito.
Com um placar agregado de 5 a 1, o Vasco viu suas esperanças de título desmoronarem, sendo recebido com vaias por parte da torcida e críticas ao presidente Pedrinho. Especificamente, foi um choque de realidade, comparado ao otimismo que cercava o clube no início da temporada.
Jogadores do Vasco contra o Del Valle na Sul-Americana — Foto: PABLO PORCIUNCULA / AFP
O clube retornou a uma competição internacional após uma ausência de cinco anos, buscando fazer da Sul-Americana sua prioridade até 2025. A comissão dirigencial de Pedrinho considerou essa competição a mais viável para conquistar um título na temporada, uma perspectiva que não se concretizou. Durante as negociações com treinadores, como Renato Gaúcho e Fernando Diniz, essa ambição foi enfatizada, mas a promessa de reforços ao elenco não foi cumprida.
No final, o que era para ser um retorno glorioso se transformou em uma série de fracassos, incluindo tropeços e resultados vexatórios fora de casa, culminando em uma eliminação precoce. Abaixo, revisamos os momentos pontuais dessa decepcionante campanha do Vasco na Sul-Americana.
O projeto
A expectativa emitida sobre a volta do Vasco à Sul-Americana era alta, tanto entre os torcedores quanto dentro do clube. Inicialmente, o torneio foi usado como um argumento para a renovação de contrato do jogador Payet, representando ambição por um título.
Pedrinho, presidente do Vasco — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
A diretoria considerava a Sul-Americana como uma competição favorável e entendia que manter Coutinho e Payet no elenco seria crucial. Entretanto, as negociações esfriaram e, em junho, o jogador francês deixou o clube.
Vegetti e Coutinho em Vasco x Melgar — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Titulares poupados no Brasileiro
Sob a direção de Fábio Carille, o Vasco começou a competição com grande expectativa, tornando a Sul-Americana sua principal prioridade para o ano. Na estreia no Grupo G, enfrentou o Melgar no Peru, seguido pela decisão de poupar jogadores-chave contra o Corinthians no Brasileirão. Os resultados foram decepcionantes: um empate 3 a 3 contra o Melgar e uma derrota de 3 a 0 para o Corinthians.
O treinador admitiu em coletiva que era necessário poupar jogadores, reforçando a ideia de que a Sul-Americana era a prioridade do Vasco.
O Grupo G, além do Melgar, também incluiu Lanús e Puerto Cabello. Para a direção, os rivais apresentavam um nível técnico inferior ao do Vasco, mas o Lanús acabou sendo o mais desafiador, terminando a fase de grupos na liderança.
Três técnicos à beira do campo
Fábio Carille foi o responsável pelo início da campanha vascaína, mas sua passagem foi marcada por frustrações e levou à sua demissão após resultados insatisfatórios. O Vasco cedeu um empate contra o Melgar que parecia assegurado. Após sua demissão, Felipe Loureiro assumiu temporariamente e enfrentou um dos momentos mais vexatórios da história recente do clube: a derrota de 4 a 1 para o Puerto Cabello.
Felipe Vasco Puerto Cabello — Foto: Juan Barreto/AFP
Fernando Diniz estreou no comando em um duelo contra o Lanús, resultando na eliminação precoce do Vasco na competição. Na última rodada, o time teve uma boa performance, vencendo o Melgar por 3 a 0, mas a caminhada na Sul-Americana já estava em xeque.
Os vexames fora de casa
O Vasco colecionou derrotas inesperadas durante a campanha. A primeira, sob o comando de Felipe Loureiro, foi a duríssima derrota para o Puerto Cabello, onde o time apresentou um desempenho ineficaz, somando falhas individuais e coletivas.
Após essa derrota, a equipe enfrentou uma má fase no Brasileirão, culminando na demissão de Marcelo Sant’anna.
Felipe, Pedrinho e Marcelo Sant’Ana, do Vasco — Foto: Fabio Giannelli/AGIF
A segunda derrota significativa ocorreu em Quito contra o Independiente del Valle, o que resultou em um jogo protocolar em São Januário. O Vasco foi amplamente dominado na partida, sofrendo gols em momentos críticos e não apresentando resistência.
A despedida em São Januário
O último jogo do Vasco na Sul-Americana foi marcado por mais frustração. Apesar do apoio da torcida, o time não conseguiu converter oportunidades em gols e viu o Independiente del Valle marcar primeiro, ampliando a vantagem para surpreendentes cinco gols no placar agregado.
João Victor, do Vasco, em ação contra o Independiente del Valle — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Após a partida, torcedores expressaram seu descontentamento com vaias e críticas a Pedrinho. O empate foi insuficiente para aliviar a dor da eliminação e deixou o Vasco focado no Brasileirão, onde atualmente luta contra o rebaixamento com apenas 14 pontos conquistados e ameaçado de cair para a zona de descenso.
Fonte: ge