Capasso treina no mesmo horário que os demais jogadores, mas nunca participa dos treinos com o elenco. Devido a questões contratuais, ele é obrigado a treinar junto, mas o clima entre ele e os companheiros não é favorável. Em algumas ocasiões, ele fez postagens nas redes sociais após derrotas, o que gerou desconforto entre os colegas.
Adicionalmente, Capasso recusou repetidas propostas para deixar o Vasco. Quando foi para o Olímpia-PAR no ano passado, foi difícil convencê-lo a sair do Rio de Janeiro, mas acabou aceitando jogar no Paraguai.
Ao retornar, foi informado que não teria oportunidades e vem cumprindo seu contrato desde então. A Itatiaia apurou que o zagueiro recebe cerca de 400 mil dólares por ano (aproximadamente R$ 2,2 milhões). Já na proposta do Peñarol, do Uruguai, ele pediu quase o triplo, com salários que ultrapassavam 1 milhão de dólares anuais (cerca de R$ 5,6 milhões).
O clube uruguaio estava interessado em contratá-lo para substituir Guzmán Rodriguez, que se transferiu para o RB Bragantino. Apesar do interesse, Capasso não aceitou manter o mesmo salário.
Outros clubes de menor expressão, como Platense-ARG e Paysandú, também tentaram contratá-lo, mas as negociações não avançaram. O Estudiantes-ARG fez sondagens junto à diretoria do Vasco, porém não oficializou uma proposta. O Sochi, da Rússia, também demonstrou interesse.
Foto: Daniel Ramalho / VascoRecado para torcida
Capasso é alvo de várias polêmicas. No ano passado, ao marcar um gol contra o Boavista com o time alternativo no Carioca, ele fez um gesto de silêncio direcionado aos torcedores em São Januário, causando irritação na diretoria e entre alguns colegas. Apesar de estar ambientado na cidade, não há harmonia com o elenco.
Ele tinha uma boa relação com Luca Orellano, que deixou o Vasco por não se adaptar e foi vendido ao FC Cincinnati, dos Estados Unidos. Desde então, Capasso apenas treina e mantém pouca interação com os companheiros.
Clube descarta qualquer ganho
Além dos problemas gerados por Capasso, sua recusa em deixar o clube levou a diretoria a vê-lo como um ativo descartável. Com um contrato que vai até dezembro, ele pode assinar um pré-contrato com outros clubes em dois meses.
Devido ao seu baixo desempenho em campo e a falta de jogos, o jogador se desvalorizou, e a diretoria acredita que não haverá interessados dispostos a pagar um valor significativo por ele neste momento. O Vasco não descarta a possibilidade de rescisão contratual no meio do ano, como ocorreu com Zé Gabriel e De Lucca. Restaram apenas Capasso e o lateral Riquelme entre os atletas fora dos planos.
Aproveitamento ruim
Outro motivo que levou ao total descarte de Capasso foi seu pífio desempenho em campo. Ele participou de 16 jogos pelo Vasco, acumulando apenas três vitórias, quatro empates e nove derrotas. A diretoria considera que ele também cometeu muitas falhas. Nos sete jogos da Série A em que foi titular, a equipe carioca não conseguiu vencer.
Ele não foi titular sob os técnicos Maurício Barbieri, Ramon Diaz e Fábio Carille. Com Barbieri, mesmo tendo iniciado como titular, o seu fraco desempenho resultou na perda de sua posição para o jovem Miranda, que também não faz mais parte do clube.
Fonte: Itatiaia
