O Vasco, que recentemente solicitou recuperação judicial para gerenciar suas despesas sob a SAF, está sob a administração de Pedrinho, que ainda lida com uma liminar da Justiça do Rio em relação à 777 Partners. A diretoria decidiu investir de forma moderada em reforços, buscando somar aos jogadores mais caros já no elenco para melhorar o desempenho. Atualmente, o clube ocupa a nona posição e, até abril, gastou 7,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 45 milhões), a quantia mais baixa desde o início da SAF em 2023.
Embora ainda não tenha apresentado um futebol convincente, a pressão sobre o técnico Fábio Carille continua intensa. O time conta com gols de Vegetti e as atuações impressionantes do goleiro Léo Jardim, como no último clássico contra o Flamengo. A equipe enfrenta dificuldades de reposição, e apenas Nuno Moreira se destacou entre os novos atletas. Loide, Garre e o zagueiro Mauricio Lemos, que não está em condições físicas, ainda não impressionaram. Tchê Tchê, lidando com problemas pessoais, também está fora.
Adson, que voltou de lesão, terá seu retorno monitorado e não participará da partida, assim como Lucas Piton, um dos jogadores mais utilizados nesta temporada. Victor Luis ocupará sua posição. No ataque, Carille manterá o quarteto Coutinho, Nuno, Rayan e Vegetti.
— A busca por jogadores de alto nível é evidente e é a expectativa dos torcedores. Já comentei isso algumas vezes, o que pode irritar os fãs em certos momentos, mas é um processo necessário de reestruturação, e estamos avançando. Dentro das nossas possibilidades, tentamos ser o mais eficazes possível — declarou o presidente Pedrinho durante o embarque do Vasco.
Mineiros em fase conturbada
Uma vantagem para a equipe carioca é a situação conturbada do rival. O Cruzeiro, atualmente na oitava posição, não corresponde ao alto investimento em jogadores desde o ano passado, quando Pedro Lourenço adquiriu a SAF de Ronaldo.
A reestruturação do Cruzeiro envolveu um grande investimento no futebol, mas muitos novos jogadores não apresentaram resultados. Os custos são muito mais altos em comparação aos do Vasco. O técnico Leonardo Jardim decidiu deixar Gabigol como reserva e não incluiu Dudu na lista de convocados, gerando descontentamento. A pressão recai sobre o CEO Alexandre Mattos, que anteriormente trabalhou no Vasco e fez várias contratações para a SAF. Há a expectativa de que o Cruzeiro, assim como o Vasco, busque novas contratações no meio do ano, seguindo a orientação de Jardim. O que impressiona é que, de acordo com o balanço do clube, as despesas com futebol dobraram de 2023 para 2024, mas não mostraram resultados positivos.
A folha salarial do futebol subiu de R$ 94,709 milhões para R$ 200,305 milhões no último ano. A Raposa investiu cerca de 10 milhões de euros (R$ 59 milhões) apenas nas contratações de Fabrício Bruno e Christian, mas os altos pagamentos em salários, comissões e bônus para jogadores sem contrato, como Gabigol e Dudu, não têm trazido o retorno esperado. Para o jogo contra o Vasco, o time terá os retornos de Fagner, Matheus Pereira e Bolasie.
Carille e Jardim precisam tirar mais das equipes — Foto: Divulgação
Fonte: O Globo