Há 18 dias, o Vasco estava a cinco pontos do sexto colocado, o Bahia. O clube se preparava para enfrentar o São Paulo em São Januário, um confronto vital entre a oitava e a nona posições. Esta era a oportunidade ideal para o Vasco superar um rival direto na tabela e se aproximar da parte superior da classificação. Após quatro derrotas consecutivas, a meta imediata se tornava garantir 45 pontos no Brasileirão para evitar surpresas indesejadas no final da competição. O ge analisa como essa situação se desenvolveu.
Após vencer o Bragantino, o Vasco havia acumulado 18 pontos nos últimos 21 disputados, um desempenho digno de um time campeão no Brasileirão. A equipe demonstrou sua força em confrontos desafiadores contra adversários como Cruzeiro, Bahia e Fluminense, além de boas apresentacões fora de casa contra Fortaleza e Bragantino.
Fernando Diniz em Grêmio x Vasco pelo Brasileirão 2025 — Foto: Maxi Franzoi/AGIF
Entretanto, o panorama alterou-se após a derrota para o São Paulo. O Vasco iniciou bem, mas acabou sofrendo um gol de pênalti de Paulo Henrique, e a ousadia de Diniz em substituir Barros por Matheus França resultou em um time mais exposto. Com a pressão, o Vasco sofreu um segundo gol e quase permitiu um terceiro e até quarto.
Com essa derrota, o São Paulo ultrapassou o Vasco na classificação, dificultando ainda mais as chances de alcançar Botafogo e Fluminense, que ocupam as sexta e sétima posições na tabela.
A goleada do Botafogo por 3 a 0 sobre o Vasco afetou a moral da equipe. Na tentativa de reproduzir a estratégia anterior, Diniz novamente escalou Matheus França como segundo volante. Essa escolha encontrou resistência entre os torcedores, que desaprovaram a utilização do camisa 9 na função.
A situação piorou após a má exibição contra o Juventude em São Januário. Com uma derrota de 3 a 1, repleta de falhas individuais e a manutenção da mesma estratégia, a paciência da torcida se esgotou. O técnico Diniz foi criticado, enquanto França e Tchê Tchê receberam vaias. Assim, a pausa para a Data Fifa surgiu em um momento crítico, quando o Vasco necessitava de uma reação.
No entanto, com Paulo Henrique, Puma Rodríguez, Cuesta e Andrés Gómez convocados para suas seleções, Diniz enfrentou um desafio para montar o time. A solução foi recolocar Hugo na zaga e escalar Vegetti como titular, enquanto Tchê Tchê atuaria improvisado na lateral, e Thiago Mendes teria uma chance.
Ainda assim, mesmo com o retorno de Puma antes do fim da Data Fifa, Diniz decidiu manter Tchê Tchê como titular no meio campo. O desempenho em Porto Alegre foi desastroso, com o Vasco dominado pelo Grêmio em todos os momentos do jogo, onde apenas Léo Jardim e Rayan se destacaram de forma positiva.
Amuzu comemora gol do Grêmio contra o Vasco — Foto: Maxi Franzoi/AGIF
E agora?
Antes do jogo, o discurso no Vasco focava em alcançar os 45 pontos rapidamente, especialmente contra um adversário direto na tabela. Com a derrota, o clube ficou a apenas seis pontos do Z-4, em um momento em que tanto Vitória quanto Santos mostraram recuperação no campeonato. O Vasco poderá terminar a rodada na 14ª posição, caso Ceará e Corinthians pontuem em seus jogos contra São Paulo e Internacional.
A próxima partida do Vasco será desafiadora; o clube sairá do Rio para enfrentar o Bahia em Salvador, no domingo, na Arena Fonte Nova, onde o Bahia, sétimo colocado, busca uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores de 2026. O Vasco não vence o Bahia em Salvador desde 2012.
Depois disso, o time voltará a São Januário para um importante confronto com o Internacional, que está na 15ª colocação, com 37 pontos e um jogo a menos. Essa partida se tornará crucial se o Vasco não conseguir sair vitorioso em Salvador.
Antes das semifinais da Copa do Brasil, as últimas duas partidas do Vasco no Brasileirão serão contra o Mirassol, em casa, e Atlético-MG, em Belo Horizonte. É urgente que uma reação ocorra.
Fonte: ge







