A empresa 777 Carioca entrou com um recurso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) contestando a liminar que a removeu da Vasco SAF, responsável pela gestão do futebol do Clube de Regatas Vasco da Gama (CRVG). A medida foi tomada sob a preocupação de que a empresa não realize um investimento de R$ 270 milhões em setembro de 2024, causando discordância por parte da 777.

A 777 Carioca alega que está em dia com todas as suas responsabilidades, inclusive as financeiras, tendo investido anteriormente R$ 310 milhões na SAF, da qual detém 70% das ações.

A equipe jurídica da 777 Carioca, formada por profissionais dos escritórios Sergio Bermudes e Campos Mello, destaca no processo que a decisão judicial pode prejudicar os interesses do Vasco. A suspensão do contrato impede a transferência de recursos para a SAF, o que, segundo os advogados, poderia gerar insegurança jurídica e impactos negativos no mercado de gestão esportiva do Brasil, desestimulando possíveis investimentos estrangeiros.

Segundo a defesa da empresa, o contrato firmado com o Vasco inclui cláusulas que protegem o clube em caso de descumprimento dos aportes financeiros. Essas garantias permitiriam que o CRVG retomasse a proporção acionária correspondente ao valor não investido em caso de inadimplência. Portanto, a empresa considera a suspensão dos contratos, a apenas quatro meses do vencimento da próxima parcela do investimento, sem provas de que o pagamento não será realizado, uma ação ilegal e arbitrária motivada por interesses políticos, prejudicando colaboradores, acionistas, atletas e torcedores.

Pedinho busca aproximação com a SAF — Foto: Dikran Sahagian/Vasco da Gama