Pênalti cometido por Manoel?
Durante o primeiro tempo, aos 14 minutos, Vegetti recebeu um cruzamento, chutou a gol e a bola acabou batendo no braço de Manoel, que tentava bloquear o chute do jogador vascaíno dentro da área.
O árbitro Wilton Pereira Sampaio optou por não marcar a penalidade e não recebeu instruções para checar o lance no VAR, que era operado por Rodolpho Toski Marques.
Manoel Serapião afirmou: “Manoel estava tão integrado à jogada que seu posicionamento é considerado parte da disputa pela bola, resultando em seu braço estar em uma posição natural ao movimento. Além disso, Vegetti também não tinha os braços junto ao corpo. Sendo assim, não foi uma infração, mas no cenário atual, as decisões são diferentes. Destaco que não é possível ver a posição do goleiro na jogada: se ele claramente não poderia evitar o chute, deveria ser marcada a penalidade e mostrado o cartão amarelo, uma vez que um gol teria sido evitado.”
Emidio Marques argumentou: “A bola chutada por Vegetti atinge acidentalmente o braço de Manoel, sem intenção deliberada. Além disso, Manoel estava em uma posição natural, com o braço abaixado e não erguido. Não havia uma ampliação da área de cobertura. A decisão de Wilton foi correta e, de acordo com o protocolo do VAR, não caberia uma intervenção, já que a interpretação do que ocorreu em campo deve prevalecer.”
Guilherme Ceretta deu sua opinião: “Eu não assinalaria o pênalti, pois a bola bate no braço que estava junto ao corpo. Se fosse no outro braço, mais aberto, seria considerado pênalti. A falta de critério dificulta a compreensão de todos. O que será marcado? O que não será? Estamos apenas na terceira rodada e podem marcar em um lance como esse ao longo do campeonato.”
Carlos Eugênio Simon, na ESPN, comentou: “Não foi pênalti: Vegetti gira o corpo, chuta e Manoel tenta retrair o braço. Na imagem, não é claro se a bola pegaria na barriga ou não, mas acerta o antebraço. Não configura um gesto antinatural e não foi uma ação deliberada, portanto a penalidade não deveria ser assinalada. A ressalva é que o árbitro de vídeo deveria tê-lo chamado. Wilton deveria ter ido até à beira do campo para revisar o lance.”
Comentários de Toski no VAR
“Devemos considerar se a bola passaria ou acertaria o corpo. […] Não observo um movimento adicional ou deliberado. O braço estava em uma posição natural. Se a bola não tivesse atingido o braço, teria acertado o corpo. Vamos analisar pela outra câmera. Há proximidade, ele não estende o braço para trás, a bola acertaria seu corpo. Tudo revisado. A bola toca no braço, mas não houve um movimento adicional.”
Expulsão de Ganso?
Autor do primeiro gol da partida, Ganso foi alvo de críticas da torcida por chutar Matheus Carvalho após uma falta cometida pelo meio-campista do Vasco. Wilton mostrou cartão amarelo para ambos os jogadores e, assim como no lance do pênalti questionado, não foi chamado pelo VAR.
Manoel Serapião opinou: “O contato foi de perna com perna e não foi feito com excesso de força, mesmo que tenha ocorrido fora da disputa pela bola. Acredito que o cartão amarelo estava dentro do limite.”
Emidio Marques analisou: “A atitude de Ganso equivale a uma conduta de jogo brusco grave, portanto merece ser advertido com o cartão amarelo. Se se tratou de um chute, o que parece ter acontecido, configura uma ação violenta, que só seria passível de expulsão. A ação foi intencional e isolada. Como a bola não estava em disputa, trata-se de uma conduta violenta. O árbitro deveria ter interrompido o jogo e reiniciado com um tiro livre para a equipe adversária. Ganso necessariamente deveria ter sido expulso.”
Guilherme Ceretta complementou: “Ganso deveria ter sido expulso, mas, pensando no controle do jogo, Wilton agiu corretamente: em algumas situações, é preciso analisar o contexto da partida, e não apenas o lance em si. Em relação à atitude, o cartão vermelho seria apropriado, mas levando em conta o controle do jogo, a decisão foi acertada.”
Carlos Eugênio Simon, na ESPN, foi enfático: “É para ser expulso, é uma agressão. Ganso sofre uma falta e dá um chute no adversário. Configura uma conduta violenta. O VAR também deveria ter chamado o árbitro.”
Ulisses Tavares acrescentou: “É um lance delicado. Pelo que observei nas imagens, se de fato houve uma agressão em resposta a uma falta — e fora do contexto da disputa pela bola —, Ganso deveria ter sido expulso.”
Fonte: UOL