No dia 30 de março, em União da Vitória, PR, Larissa foi à delegacia relatar que começou a receber ameaças sutis do jogador. Conforme o boletim de ocorrência, assim que retornou à cidade, Payet teria começado a usar frases como: “Vou mandar alguém para te deixar segura” e “Vou mandar alguém aí para cuidar de você”. Larissa afirmou que a relação era conturbada e que o atleta frequentemente apresentava um comportamento agressivo e controlador. Um inquérito foi aberto para investigar as alegações.
No Rio de Janeiro, um boletim referente a um incidente ocorrido entre 28 de fevereiro e 9 de março foi registrado no dia 29 de março. Nele, Larissa alega ter sido agredida por Payet, resultando em lesões visíveis. Segundo ela, as violências sofridas foram físicas, morais, psicológicas e sexuais.
Em uma entrevista exclusiva ao EXTRA, Larissa declarou que passou por humilhações constantes e situações degradantes como forma de “punição” sempre que o francês se sentia ciumento:
“Ele me fazia beber minha própria urina, me mandava me sujar, lamber o chão, lamber o vaso. Falar sobre isso é difícil, e ver os vídeos é doloroso. Cheguei até a beber água do vaso, não consigo acreditar. Quando falo disso, não olho nem para a câmera, é algo que mal consigo processar”.
Larissa revelou que fez os pedidos de Payet porque ele estava ciente de sua fragilidade emocional. Diagnosticada com transtorno de personalidade Borderline, ela afirma que o atleta “se aproveitava para obter vantagens sexuais”.
Em dezembro, em um encontro com Payet no Rio, Larissa recorda que foi ameaçada por ele dentro de um carro a caminho da casa do jogador:
“Foi a primeira vez que o vi tão agressivo. Ele me ameaçou, dizendo que, se a situação fosse diferente, eu poderia ter um destino muito pior. Ele falou que eu tinha sorte de ter conhecido ele em um bom momento da vida… Imagine se eu tivesse conhecido ele em um momento ruim?”
Larissa Ferrari e Dimitri Payet — Foto: Arquivo pessoal
Após esse episódio, Larissa afirmou que as agressões se intensificaram, resultando em ferimentos que ela incluiu nas provas para sua denúncia.
A advogada ressalta que a decisão de expor sua história visa sua segurança: “Com a divulgação, sabia que seria julgada, mas a minha segurança é prioridade. Não foi algo que pensei com otimismo, mas sim uma necessidade de proteção”.
Advogada Larissa Ferrari com hematomas na acusação contra Dimitri Payet — Foto: Arquivo pessoal
O jogador Dimitri Payet está sob acusação de agressão por parte da advogada Larissa Ferrari — Foto: MATHEUS LIMA/VASCO/Reprodução/Instagram
Fonte: Extra