O torcedor do Botafogo certamente recorda de Rodrigo Pimpão. O ex-atacante, que fez história em 2017 na Libertadores da América ao marcar cinco gols e igualar-se a lendas do clube, como Jairzinho e Dirceu, agora está de volta… mas ao tênis de mesa.
Aos 37 anos, Pimpão, com mais de 500 partidas e 100 gols em sua carreira no futebol, celebrou seu retorno ao esporte que o acompanhou na juventude. Ele participou da 5ª Etapa do Campeonato Paranaense de Tênis de Mesa, na categoria Absoluto F, chegando à 16ª fase da competição, que contou com 120 participantes.
— Estou feliz por este momento e vejo isso como o início de uma jornada promissora. O mais importante é voltar a competir e ter consciência de que os resultados surgem do foco mental, dedicação, treinamento, qualidade e talento — afirmou Pimpão.
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A paixão de Pimpão pelo tênis de mesa começou há 27 anos, quando ainda era criança e montava uma mesa na garagem de casa com seu irmão. Com o tempo, tornou-se o primeiro no ranking de Santa Catarina, participando do Campeonato Brasileiro de 1997 em Fortaleza, onde conquistou o quinto lugar.
— Sempre gostei de tênis de mesa, achava muito divertido jogar. Meu pai conseguiu algumas placas de madeira, fez os pés e montou a mesa na garagem. Eu jogava todos os dias com meu irmão e, depois de um tempo, comecei a fazer aulas de tênis de mesa. Em pouco tempo, fui o primeiro do ranking catarinense por Canoinhas e, em 1997, aos 10 anos, participei do Campeonato Brasileiro em Fortaleza. Essa foi a minha primeira viagem de avião — contou o ex-atacante.
Incentivo ao filho
Essa recente volta às competições serve não apenas como um retorno às suas origens, mas também como incentivo para seu filho Davi, de 12 anos. Pimpão acredita que esportes individuais, como o tênis de mesa, são cruciais para ensinar aos atletas a importância de assumir a responsabilidade por suas derrotas e vitórias. Para dar exemplo, decidiu retomar as competições, almejando atingir um nível nacional.
— Eu conversei com meu filho e disse que seria interessante para ele praticar tênis de mesa, pois é um esporte individual onde a responsabilidade é dele; a derrota é dele e as decisões nas partidas são dele. Acredito que essa experiência é muito importante para um atleta. Para incentivá-lo, decidi voltar a competir e espero participar de competições nacionais — destacou Pimpão.
Mesmo após consolidar sua carreira no futebol, Pimpão sempre manteve a agilidade do tênis de mesa como uma grande aliada. Ele revela que essa prática o ajudou a se tornar um atleta de alta performance.
— Sempre dei o meu máximo em campo, e no tênis de mesa não é diferente. Dou 100% de mim para fazer o melhor. O tênis de mesa foi crucial para o meu desempenho no futebol, principalmente na rapidez das decisões e agilidade nas jogadas. Isso é fundamental para qualquer atleta — ressaltou.
Davi, filho de Rodrigo Pimpão — Foto: Arquivo Pessoal
Quando se trata de ídolos do tênis de mesa, Pimpão não hesita em mencionar aqueles que o inspiraram. Na juventude, admirava o lendário Hugo Hoyama e, atualmente, considera Hugo Calderano uma verdadeira força motivadora para as novas gerações.
— Na minha juventude, eu acompanhava o Hugo Hoyama, uma grande referência. Hoje, quem nos inspira é o Calderano, um atleta que tem feito muito pelo esporte e elevado o nível do tênis de mesa brasileiro, trazendo novas esperanças para as crianças. Acredito que ele irá conquistar uma medalha para o Brasil — concluiu.
No ano passado, após encerrar sua carreira no futebol profissional, Pimpão teve papel crucial na conquista do título da Suburbana de Curitiba, jogando pelo Trieste. Ele marcou um gol na final, aproveitando uma sobra na área para fazer um voleio, contribuindo para a vitória do time por 3 a 2, que garantiu o título após a disputa de pênaltis.
Fonte: ge