Após um período de dois anos e dois meses de suspensão devido à manipulação de resultados, os jogadores Ygor Catatau, ex-Vasco e Sepahan do Irã, Gabriel Tota, ex-Juventude e Ypiranga-RS, e Romário, ex-Vila Nova, estão oficialmente reabilitados e autorizados a retornar aos campos.
A decisão foi proferida nesta manhã pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que analisou os pedidos de reabilitação feitos pelos atletas.
Esses jogadores foram envolvidos na Operação Penalidade Máxima, que foi dirigida pelo Ministério Público de Goiás, resultando em suas punições, que incluíam a eliminação do futebol e multas, após a confirmação de suas participações em esquemas de apostas. Romário foi um dos principais motivadores para o início da investigação.
Com a regularização de todos os requisitos exigidos—como o pagamento das multas, comprovação de atividade profissional e entrega de declarações de idoneidade—os atletas conseguiram um parecer positivo para retomar suas carreiras no futebol.
Os jogadores estavam presentes durante o julgamento na sede do STJD, no Rio de Janeiro. O Subprocurador-geral Eduardo Ximenes expressou seu apoio ao pedido, destacando.
— Não há outra maneira de entender a situação que não seja pelo pleno cumprimento dos requisitos, enfatizando a importância da reabilitação dos atletas — disse durante a sessão.
Operação Penalidade Máxima
Em maio de 2023, 16 indivíduos, entre os quais sete atletas, foram formalmente acusados como réus na segunda fase da Operação Penalidade Máxima.
Na primeira fase, o Ministério Público denunciou oito jogadores de diversos clubes por envolvimento em um suposto esquema de manipulação em partidas da Série B de 2022.
As investigações começaram após Romário, do Vila Nova, aceitar uma proposta de R$ 150 mil para cometer um pênalti em um jogo contra o Sport, na Série B do Campeonato Brasileiro. Ele recebeu um adiantamento de R$ 10 mil, e o restante seria pago após a partida. Como não foi escalado, tentou recrutar colegas do time, mas sem sucesso.
O caso foi revelado e o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou a situação e entregou as evidências ao Ministério Público de Goiás.
Fonte: ge