O Vasco não conseguiu vencer o CSA, terminando o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil empatado em 0 a 0, em Maceió. O técnico Fernando Diniz comentou o desempenho da equipe após a partida.
– Fiquei satisfeito com a produção ofensiva, porém, não posso ignorar o resultado nem a ausência de gols novamente. O positivo é que não sofremos gols hoje.
— Acredito que concedemos muitos contra-ataques desnecessariamente. Minha maior frustração foi isso. Para enfrentar um time retrancado, é fundamental ter um ataque bem posicionado para evitar contra-golpes. Pecamos nesse aspecto, especialmente no primeiro tempo, fato que acabou resultando em um cartão amarelo para o Maurício Lemos. O time precisa continuar criando para marcar gols. Era uma partida em que deveríamos ter feito pelo menos dois gols; o CSA não teve finalizações no alvo — destacou o treinador.
Fernando Diniz, técnico do Vasco — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas
O Vasco demonstrou superioridade em finalizações, contabilizando dezenove em comparação com nove do time alagoano. Uma oportunidade clara foi perdida por Vegetti, que não conseguiu marcar frente ao goleiro Gabriel Felix. Apesar de uma sequência sem gols, Fernando Diniz mantém a confiança no jogador.
— Acredito que possuímos estratégias alternativas, mas nosso foco principal é recuperar o Vegetti, para que ele possa voltar a marcar. Ele é um finalizador nato. Atualmente, ele está jogando em um time que cria mais, distinto das temporadas anteriores. Confio muito no seu potencial. Embora esteja enfrentando dificuldades para marcar, ele ainda contribui muito em todas as fases do jogo.
Com esse empate, o Vasco amarga uma série de seis partidas sem vitória, com quatro empates e duas derrotas.
A decisão da vaga será no dia 7 de agosto, em São Januário. Antes disso, no sábado, o Vasco enfrentará o Mirassol, no Estádio Maião, pelo Campeonato Brasileiro.
Veja outras declarações de Fernando Diniz:
Sobre Vegetti
— Ele não é apenas um atacante que finaliza, mas também ajuda muito na parte tática. Tem meu total apoio. Quanto ao plano alternativo, poderia ter realizado outras substituições, mas temos muita confiança no Vegetti. Ele precisa de suporte, não de troca de posição.
Sobre Nuno e a questão do cansaço
— Ele pode evoluir nessa parte. Nuno não está acostumado com o ritmo brasileiro, que envolve viagens e desgaste. Ele também não jogou em Portugal em equipes de elite, como as que competem na Champions League, então essa adaptação é nova para ele. Contudo, tem feito boas atuações.
Sobre a expulsão de João Victor
— O árbitro teve um critério aceitável. Na minha visão, a expulsão foi justa e coerente.
Sobre priorização de campeonatos
— Acredito que, no nosso atual cenário no Campeonato Brasileiro, não podemos priorizar nenhuma competição. Precisamos focar no jogo contra o Mirassol primeiro e, em seguida, no CSA. Neste momento, devemos fazer o melhor com nossos jogadores. Se mais adiante estivermos em uma fase decisiva no Brasileiro, poderemos considerar a possibilidade de poupar alguns atletas. Porém, neste instante, não é possível priorizar nada.
Sobre a posição da CBF a respeito da expulsão de Léo Jardim:
— Para ser sincero, não segui de perto as declarações. Vi comentários superficiais sobre a situação. Há uma interpretação pública que critica os goleiros por suposta cera, e ele caiu hoje. No caso do Léo Jardim, ele pediu atendimento e não foi atendido, mesmo tendo uma lesão leve. O árbitro deveria ter dado mais tempo de acréscimos, mas a expulsão foi uma interpretação equivocada. O critério deveria ser igual em todos os jogos, e essa foi a primeira vez que vi algo assim na minha carreira. Tal critério subjetivo pode criar precedentes indesejáveis.
Fonte: ge