O Vasco perdeu quase todas as chances de se classificar para a Copa Sul-Americana após sofrer uma derrota contundente por 4 a 0 para o Independiente del Valle, em Quito, no primeiro jogo dos playoffs. A situação foi agravada com a expulsão de Lucas Piton logo nos primeiros minutos.
Após o jogo, o técnico Fernando Diniz deu uma coletiva na qual comentou sobre as dificuldades enfrentadas na altitude. Ele mencionou que o cartão vermelho para o lateral-esquerdo atrapalhou o planejamento da equipe, que pretendia pressionar o adversário no campo defensivo desde o início.
– Jogar na altitude aqui é sempre complicado, já estive aqui várias vezes. Os times brasileiros costumam sofrer. Chegamos antes e a equipe estava bem adaptada. Acho que, se não fosse a expulsão, a história do jogo seria diferente. Com a expulsão, tudo ficou mais difícil para nós.
– O plano inicial era marcar alto, como já estávamos fazendo. Tivemos que recuar. Quase conseguimos ir para o intervalo com 0 a 0, mesmo sofrendo bastante com os cruzamentos. No segundo tempo, tentamos subir a linha, mas a estratégia não funcionou e acabamos levando mais gols. Agora, precisamos focar no próximo jogo no Brasil, e acreditamos que podemos reverter a situação lá também – concluiu Diniz.
Essa foi a pior derrota do Vasco na temporada, que inclui outra goleada na Sul-Americana, quando perdeu para o Puerto Cabello, da Venezuela, por 4 a 1.
Durante a coletiva, Diniz também foi questionado sobre as movimentações do clube na janela de transferências. Ele destacou que o Vasco enfrenta limitações financeiras para novas contratações, mas garantiu que a diretoria está trabalhando para reforçar o elenco, especialmente buscando um jogador para o ataque.
– Não há caça às bruxas. O Vasco tem limitações financeiras. Quando assumi, sabia que seria assim. Existe um planejamento, mas as contratações são desafiadoras. Não adianta, não temos dinheiro. Eu gostaria de trazer mais jogadores, mas só conseguimos trazer o Thiago Mendes. Precisamos de poucos reforços que acreditamos que podem dar certo. A diretoria está se movimentando, mas ainda não conseguimos trazer mais nomes – disse Diniz.
Para se classificar no tempo regulamentar, a equipe precisa vencer o Independiente del Valle por cinco gols de diferença na próxima partida em São Januário, marcada para a próxima terça-feira, às 21h30.
Outros pontos da coletiva
Por que manter o Vegetti em campo?
– O GB já era uma surpresa, ninguém esperava que ele começasse jogando. O Vegetti estava melhor treinado. Apesar da idade, ele é o jogador que, em quase todos os jogos, acumula a maior quilometragem. Não faria sentido mudar a estratégia para um contra-ataque constante. Ele estava mais preparado para executar a função naquele momento. Não podemos apenas considerar um aspecto do jogo. A decisão de mantê-lo no campo foi bem pensada; estava acompanhando o GB desde que cheguei. Porém, os outros jogadores estavam mais bem preparados.
Interesse no zagueiro Alan Saldivia, do Colo Colo
– Eu já joguei contra ele e é um jogador que eu aprecio muito. Mas as contratações são um assunto interno, não comentarei sobre nomes. Estamos trabalhando nas necessidades do elenco, mas é um jogador que eu gosto.
Qual autocrítica dá para fazer?
– Precisamos preparar a equipe da melhor forma para o jogo em São Januário. É difícil reverter esse resultado, mas não é impossível. Vamos trabalhar duro para buscar a classificação até o último minuto.
Como a equipe pode encontrar força em casa?
– Vamos contar com o apoio da nossa torcida e faremos o nosso melhor. O resultado é difícil de ser revertido, mas não é impossível. Lutaremos até o fim.
Fonte: ge