O Vasco empatou em 1 a 1 com o Atlético-MG, com um gol de Vegetti, em partida da 19ª rodada do Campeonato Brasileiro realizada em São Januário. O técnico Fernando Diniz elogiou o desempenho da equipe, mas lamentou a falta de aproveitamento nos momentos decisivos.
Esse cenário tem se repetido nas últimas partidas. Diniz mencionou que a queda de rendimento no segundo tempo contra o CSA, na última quinta-feira, afetou o desempenho neste domingo.
— A equipe fez um bom jogo, mas infelizmente sofremos um gol em menos de um minuto. O jogador do Atlético teve uma felicidade no chute. No entanto, a equipe conseguiu reagir bem, empatou o jogo e criou mais três oportunidades de marcar no segundo tempo. Nos 15 minutos finais, o cansaço pesou, pois já havíamos jogado um jogo decisivo na Copa do Brasil, que poderia ter sido administrado de outra forma. Isso impactou nossa performance aqui, do contrário, teria feito alterações mais cedo. A equipe teve potencial para vencer, mas mais uma vez não conseguimos – destacou o treinador.
Embora a equipe esteja enfrentando uma sequência intensa de jogos entre a Copa do Brasil e o campeonato nacional, Diniz manteve a formação habitual e não utilizou as cinco substituições disponíveis.
Fernando Diniz em Vasco x Atlético-MG pelo Brasileirão 2025 — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
A justificativa para a quantidade limitada de substituições é o entendimento tático dos jogadores. Nem todos os atletas estão adaptados à proposta de jogo da equipe, que difere da maioria dos times do país.
— Jogamos de uma maneira distinta, e nem todos têm a mesma compreensão tática. Quando penso em fazer uma troca, não faço se não acredito que vai melhorar. Se eu achasse que seria benéfico, teria feito mais mudanças. O Tchê Tchê estava cansado, assim como o Coutinho, então coloquei o Garré, que havia entrado bem no jogo anterior. Ao considerar outras trocas, analiso o que posso ganhar ou perder. O entendimento tático é crucial na nossa forma de jogar. Com o tempo, os jogadores vão aprimorando essa compreensão e me dando mais confiança para as mudanças – explicou Diniz.
Fernando Diniz agora conta com uma semana de treinamentos antes de enfrentar o Santos no próximo domingo (17), às 16h, no Morumbi. Confira outras considerações do técnico:
Incômodo do torcedor
— O incômodo que sinto é o mesmo que o torcedor. É preocupante. O Vasco precisa sair da zona de rebaixamento. Confio muito no time e sei que eles conseguem produzir mesmo perante dificuldades e uma hora a bola vai entrar, pois temos criado chances.
— Acredito que, após a volta, a maioria dos jogos que empatamos ou perdemos poderiam ter sido vitórias. A equipe está aprendendo a se superar e estou otimista de que vamos começar a vencer.
Puma
— O Puma teve uma excelente atuação. Ele já havia se destacado contra o Mirassol e está treinando muito bem. Começou um pouco nervoso, provavelmente devido à pressão, mas melhorou após os 10 minutos, se tornando um dos melhores em campo. Ele trouxe perigo, quase marcou de cabeça e gerou oportunidades claras, sem problemas individuais na defesa.
— Foi uma ótima escolha escalá-lo. Ele possui talento e não deveria ser visto apenas como reserva do Paulo Henrique. Ambos têm qualidades que podem ser benéficas, e o Pumita correspondeu às expectativas.
João Victor
— Eu gostaria de pedir que a torcida não vaiasse o João Vitor. Não sei o que aconteceu no passado, mas conheço sua dedicação e comprometimento. Ele se destaca pela rapidez e pela habilidade em ganhar duelos, mantendo um bom relacionamento com todos no clube.
— Há fatores positivos a serem considerados. Eu respeito a opinião da torcida, mas acredito que ele merece apoio. Ele está trabalhando duro para melhorar e importantíssimo para nós. Gostaria que a torcida confiasse nele, pois ele merece.
Philippe Coutinho Vasco Atlético-MG — Foto: Thiago Ribeiro/Agif
Nuno tem caído de produção. Pretende segurar um pouco mais ele?
— É uma possibilidade, mas estamos atentos ao tempo de jogo dele, tirando-o mais cedo das partidas. Ele é um jogador crucial, entende bem o jogo, e conforme a situação, decidiremos se ele sairá ou permanecerá todo o jogo.
Guilherme Estrella
— Ele tem problemas no joelho e, embora estivesse próximo de ser relacionado para o jogo contra o CSA, acabou inflacionando o dia anterior. Precisamos cuidar de sua carga e eu desejo muito que ele jogue assim que possível. Ele mostrou potencial em seus treinos, mas sua situação é mais clínica do que uma questão tática.
Dificuldades
— Acredito que estamos pecando mais pela falta de aproveitamento nas finalizações do que por problemas defensivos. No último jogo, tivemos apenas uma chance no gol do Léo Jardim, enquanto criamos quatro ou cinco enormes oportunidades que não conseguimos converter.
— Estou convencido de que, com o trabalho que estamos fazendo, a bola começará a entrar. É difícil explicar por que não estamos convertendo, mas sei que temos qualidade e seguiremos criando para que possamos marcar.
Ausência de Vegetti no próximo jogo
— Estou avaliando isso. Ele estava entre os pendurados e temos algumas alternativas que podemos considerar.
Atuação de Garré
— O contexto do jogo contra o CSA era diferente; o fluxo estava mais favorável, enquanto hoje o CSA foi mais agressivo na primeira metade. A minutagem dele também foi distinta devido ao tempo de jogo.
Tem alguma prioridade?
— No momento, não estamos pensando em poupar jogadores em nenhuma competição. O foco é escalar o melhor time para ter sucesso tanto na Copa do Brasil, onde estamos entre os oito, quanto na luta no Campeonato Brasileiro para sair da zona de rebaixamento. Portanto, nosso objetivo é estar sempre com o time completo, buscando pontos o mais rápido possível.
Fonte: ge