O vice-presidente jurídico do Vasco, Felipe Carregal, revelou que o clube irá reivindicar judicialmente uma compensação da 777 Partners pelos prejuízos decorrentes da administração da empresa na SAF vascaína.
Carregal acredita que, em última análise, o Vasco é credor da 777. Ele afirmou que, caso a empresa norte-americana não consiga honrar essa dívida, quem estiver à frente dela, seja a A-CAP ou qualquer outro gestor, terá que arcar com essa responsabilidade.
“Estou convencido de que o Vasco é credor da 777, devido a tudo que temos descoberto. Vamos atrás de uma reparação porque as ações que eles tomaram na Vasco SAF foram arriscadas. Portanto, vamos em busca dessa compensação”, declarou o VP.
Felipe Carregal, VP Jurídico do Vasco — Foto: Reprodução / Vasco TV
Desde maio do ano passado, a 777 está fora do controle da SAF, após uma liminar da Justiça do Rio de Janeiro que colocou o Vasco associativo, liderado por Pedrinho, à frente da empresa.
Recentemente, uma decisão de um desembargador do TJ-RJ impôs restrições ao Vasco na gestão da companhia, determinando que transações financeiras, venda de bens ou reestruturações corporativas devem ser previamente autorizadas pela Justiça.
Quem está com a assinatura?
Um julgamento para analisar a liminar que concede o comando da SAF ao Vasco estava agendado para a quarta-feira passada, mas o clube conseguiu adiar a sessão, argumentando que a 777 precisa esclarecer quem realmente é o responsável pela empresa neste momento.
Na declaração divulgada pela Vasco TV, Carregal também mencionou esse aspecto do processo.
– Existe uma discussão externa, onde um dos credores aponta a A-CAP como a verdadeira controladora do grupo. Nessa ação, essa empresa apresentou um áudio de Josh (Wander, ex-sócio-proprietário da 777) afirmando que desde 2023 não assina um cheque sem a autorização da A-CAP. Se isso for verdade, é natural que quem estiver gerenciando a empresa responda por suas ações. E se esse terceiro for a A-CAP, em algum momento ela terá que responder – afirmou o VP do Vasco.
– É crucial que, de uma vez por todas, seja esclarecido: quem tem o poder de falar em nome da 777 hoje? Quem toma as decisões? Quem é que está com a caneta? Atualmente, não há provas concretas sobre quem está no comando da 777 – finalizou.
Fonte: ge