Cena do documentário ‘A força do Gigante’, sobre a conquista do Sul-Americano de 1948 pelo Vasco — Foto: DivulgaçãoCom a direção e o roteiro assinados por Marco Antonio Rocha, a produção traz depoimentos de ícones vascaínos que viveram a infância de um feito que ficou marcado na história do Expresso da Vitória. Entre os participantes estão o cantor Paulinho da Viola, o artista Martinho da Vila, o ator Antônio Pitanga, o jornalista Sérgio Cabral e o cartunista Jaguar, entre outros. Os ídolos do clube, os ex-goleiros Acácio e Carlos Germano, compartilham suas memórias sobre Barbosa, um dos maiores símbolos daquele time, junto a Ademir Menezes.
O cantor Paulinho da Viola e Marco Antonio Rocha, diretor de ‘A força do Gigante’, posam com uma camisa do Vasco autografada por todos os entrevistados no documentário — Foto: Divulgação“O cinema brasileiro valoriza pouco o futebol, e essa aprovação internacional reforça a necessidade de preservar nossa rica memória. ‘A Força do Gigante’ transcende as quatro linhas, abordando de forma impactante o pioneirismo do Vasco na luta contra o racismo. Também temos o surgimento do Expresso da Vitória nos anos 40, com a cultura carioca sendo dominada por vascaínos, e São Januário como o principal palco futebolístico do país”, destaca o diretor.
Arte de recriar
O time campeão do Vasco de 1948 foi recriado pelo ilustrador Ray Titto para compor imagens do documentário ‘A força do Gigante’ — Foto: DivulgaçãoEternizar essa época não foi uma tarefa simples. As narrações originais se perderam em um incêndio na Rádio Mayrink Veiga. A alternativa, portanto, foi reviver alguns dos momentos mais icônicos do Sul-Americano através da narração de Evaldo José. Já as imagens dos jogos ganharam vida pelas mãos do ilustrador Ray Titto, que criou ilustrações animadas para capturar a essência das jogadas.
“O rádio era o meio de comunicação mais relevante da época, e por isso, a habilidade do Evaldo é fundamental para o filme. O historiador do Vasco, Walmer Peres, e eu revisamos uma série de jornais e documentos para identificar os lances mais memoráveis. A partir daí, desenvolvi um roteiro exclusivo para as narrações, utilizando expressões da época, incluindo termos em inglês que eram comumente utilizados no nosso futebol”, explica Marco Rocha.
“O principal fio condutor é um garoto que acompanha os jogos através de um rádio e imagina as jogadas que, na verdade, são as animações. Este é um filme voltado não só para os vascaínos e apaixonados por futebol, mas para todos que apreciam a História”, finaliza.
Fonte: Extra
