Embora ainda não tenha sido oficialmente comunicada sobre a decisão judicial proferida na quarta-feira, a 777 Partners demonstra confiança de que a medida será revogada.
– A decisão liminar, tomada durante a noite em um processo no qual não tivemos acesso aos detalhes para responder de forma apropriada, é um equívoco jurídico e questiona não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas também o sistema do futebol brasileiro como um todo. Sendo investidores estrangeiros, acreditamos no Brasil e na Lei da SAF, a qual foi concebida para viabilizar a reestruturação de grandes clubes por meio de aportes financeiros e gestão profissional… Reforçamos nossa confiança no Poder Judiciário e nas normas brasileiras, e temos total convicção de que a absurda decisão será revogada assim que a 777 Partners for devidamente notificada e puder se manifestar no processo – destaca trecho da nota.
Na tarde de quinta-feira, o presidente Pedrinho concedeu uma coletiva de imprensa e assegurou que a gestão do futebol permanece sob responsabilidade da SAF, mesmo sem a participação direta da 777. Ele também garantiu o pagamento em dia dos salários e ressaltou que “não haverá mudanças significativas no aspecto esportivo a curto prazo”.
Leia o comunicado da 777 Partners:
“A 777 Partners recebeu com surpresa e indignação, através dos meios de comunicação, a decisão temporária de afastamento da gestão da SAF do Vasco.
A decisão liminar, emitida durante a noite em um processo em que não tivemos acesso às informações para uma resposta adequada, é um erro judicial e coloca em dúvida não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas também o sistema do futebol brasileiro como um todo. Como investidores estrangeiros, confiamos no Brasil e na Lei da SAF, a qual foi criada para viabilizar a reestruturação de grandes clubes por meio de investimentos e gestão profissional.
Desde a aquisição de 70% das ações da Vasco SAF, cumprimos integralmente todas as cláusulas contratuais com o CRVG, investimos mais de R$310 milhões no clube, um aporte essencial para dar início a um projeto de reconstrução. Construímos um novo Vasco, onde os salários dos atletas e funcionários são pagos pontualmente, os credores são respeitados e as dívidas são quitadas, algo incomum no futebol do país.
O trabalho de reestruturação foi bruscamente interrompido por uma decisão unilateral, desprovida de fundamento jurídico e motivada pelos interesses egoístas da nova administração. Mesmo sendo uma medida liminar, certamente trará impactos negativos para a equipe de futebol.
A insegurança jurídica gerada por esse episódio também ameaça o futuro do futebol no Brasil. É incontestável que acarretará consequências devastadoras para a Lei da SAF. Fica a pergunta: qual empresa terá coragem de investir milhões de dólares em um clube sob a Lei da SAF, correndo o risco de perder o controle de um momento para o outro, sem ter descumprido nenhuma cláusula contratual?
Lamentamos profundamente a postura agressiva e inflexível dos novos dirigentes do CRVG, especialmente de seu presidente, que nunca se dispuseram a debater soluções para o Vasco no ambiente adequado, as reuniões do Conselho de Administração da SAF.
Enquanto éramos publicamente atacados pelos novos representantes do clube, continuamos trabalhando incansavelmente pelo Vasco e cumprindo com todas as nossas responsabilidades. Recentemente, anunciamos o maior contrato de patrocínio da longa história do clube.
Reafirmamos nosso compromisso com o Vasco e sua imensa torcida, aguardando que as condições para a retomada do processo de reconstrução do clube sejam restabelecidas com a reversão da decisão.
Temos confiança no Poder Judiciário e nas normas legais do Brasil, e estamos seguros de que a absurda decisão será revogada assim que a 777 Partners for notificada e puder se manifestar no processo”.
Fonte: ge