Cadê o Garré? Contratado no início do ano como reforço para o time titular do Vasco, o meia argentino quase não teve oportunidades nos últimos três meses. Ele acumula apenas 10 minutos em campo nas últimas 12 semanas. O investimento de aproximadamente R$ 15 milhões não teve retorno em 2025 e ele parece ter perdido espaço no esquema de Fernando Diniz.
O jogador veio do Krylya Sovetov, da Rússia, por 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 14,9 milhões na época). A negociação também incluiu a possibilidade de mais 1 milhão de euros (R$ 5,9 milhões) em bônus, caso o atleta atinja determinadas metas: como participar de 40% dos jogos em 2025, contribuir em gols e ajudar na classificação para a Libertadores.
Garré, do Vasco, em ação contra o Del Valle — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Com apenas uma assistência em 21 partidas, parece improvável que Garré consiga cumprir todas as metas neste seu primeiro ano. A diretoria do Vasco esperava que a adaptação dele ao futebol brasileiro ocorresse de forma mais rápida. Ele era visto como um dos grandes investimentos do clube para a temporada, recebendo mais expectativas do que Nuno Moreira, que se firmou como um dos destaques após sua contratação para a ponta-esquerda.
Em julho, o presidente Pedrinho afirmou em uma coletiva que confiava que um jogador, referindo-se a Garré, mostraria um desempenho melhor do que o apresentado até então.
— Eu particularmente acreditava muito, e não vou dar nome para expor, que um jogador ia desempenhar e esse jogador não está desempenhando ainda. E o que eu menos esperava está desempenhando bem — declarou o presidente.
Internamente, há uma percepção de que Garré ainda não se adaptou ao futebol brasileiro. O meia pouco participou nas estratégias de Diniz e já enfrentava dificuldades antes da chegada do técnico. Ele entrou em apenas oito jogos sob a atual gestão, sempre vindo do banco de reservas.
— Não é que o Garré não joga comigo, ele não jogava antes. Nos últimos jogos ele não tinha praticamente entrado — comentou Diniz, duas semanas após assumir o comando do Vasco.
Atualmente, outros jogadores estão à frente dele nas preferências da comissão técnica. Na ponta direita, por exemplo, Rayan e Andrés Gómez ocupam posições, enquanto no meio de campo, Coutinho, Matheus França e Nuno Moreira também são opções viáveis, relegando o argentino a um papel secundário.
Garré teve seu melhor aproveitamento no clube durante a gestão de Fábio Carille, que o escalou como titular em cinco dos primeiros 11 jogos e ainda o utilizou cinco vezes como reserva. Felipe Maestro, em sua breve passagem como interino, o utilizou em três ocasiões.
Garré disputa lance em Vasco x Puerto Cabello — Foto: André Durão
O jogador ainda não conseguiu finalizar um chute em direção ao gol e soma apenas uma assistência na temporada, na vitória por 1 a 0 diante do Puerto Cabello. Confira os números de Garré:
- 21 jogos
- 5 como titular
- 663 minutos em campo (313 como titular)
- 1 assistência
- 3 finalizações (todas bloqueadas, nenhuma direcionada ao gol)
Fonte: ge






