O Vasco terá sua primeira partida no Brasileirão no próximo domingo, em São Januário, enfrentando o Santos, que ainda não confirmou se Neymar estará em campo. Nesta quarta-feira, o volante Hugo Moura abordou o assunto durante uma entrevista coletiva e foi bastante claro: ele prefere evitar o confronto.
Hugo foi homenageado pelo clube ao lado do zagueiro João Victor, ambos celebrando 50 jogos com a camisa vascaína – apesar de João ter realizado 48 partidas oficiais, o Vasco considera também dois amistosos da pré-temporada de 2024.
“Sabemos a diferença que ele (Neymar) pode fazer em campo, independentemente da lesão que sofreu. Prefiro não marcá-lo (risos), Neymar é Neymar”, declarou.
“Mas, como eu disse, jogamos em casa, em São Januário. Independentemente de sua presença, precisamos entrar em campo e dar o nosso melhor. No Brasileiro, não podemos perder pontos em casa,” completou.
Hugo Moura e João Victor recebem homenagem pelas 50 partidas com a camisa do Vasco — Foto: Luiza Sá / geHugo Moura também comentou a concorrência no meio de campo, especialmente com a chegada de Tchê Tchê na equipe.
“É uma competição saudável, temos grandes jogadores aqui, e a chegada do Tchê Tchê, que é campeão onde passa, só aumenta o nível. É uma boa disputa, o que traz um dilema ao técnico,” destacou.
João Victor: “Vamos lutar por títulos”
Em sua segunda temporada no Vasco, João Victor afirmou que, ao contrário de 2024, este ano o clube estará em busca de conquistar títulos.
“Entramos em todos os campeonatos com a mentalidade de ganhar. Existem grandes equipes adversárias, mas queríamos ter conquistado o Carioca. Não podemos afirmar que foi apenas uma fase de preparação. Mas isso já passou, não conseguimos vencer, o adversário estava mais forte. Agora, precisamos focar nas competições futuras,” disse o zagueiro.
“O Brasileiro e a Sul-Americana são competições importantes para nós e estamos determinados a conquistá-las. Será desafiador, enfrentaremos obstáculos, mas nosso grupo está pronto, com jogadores cada vez mais qualificados. Acredito que teremos um ano tranquilo e que vamos em busca de títulos,” completou.
João Victor em coletiva de imprensa no Vasco — Foto: Luiza Sá / ge
João Victor também acredita que as três semanas sem jogos após o Carioca foram cruciais para a evolução do Vasco, especialmente nas transições de bola.
“O início do trabalho do Carille foi complexo, devido ao curto espaço de tempo. Mudamos muito rápido, o carro estava em movimento. No entanto, essas três semanas nos deram um tempo precioso para implementar nosso trabalho. Uma das nossas dificuldades era a saída de bola, que impactava o setor defensivo. Hoje percebo que estamos mais eficientes e errando menos. Essa foi a mudança mais significativa, e estou feliz com a evolução que observamos,” encerrou.
Leia mais sobre as declarações de Hugo Moura e João Victor:
Hugo Moura
Sobre ter jogado no Flamengo
“Tenho uma mentalidade boa. Após jogar no Coritiba, fui para o Athletico. Minha família sempre me apoia. Sei que a torcida pode ser exigente, como foi na minha chegada. Cometi alguns erros que geraram desconfiança, mas felizmente tive resiliência para superar isso e continuar meu trabalho.”
Você já jogou na altitude?
“Sim, já joguei na altitude. Se não me engano, a altitude era de 3.900 metros na Bolívia. É complicado, falta um pouco de ar. Vamos ver o que o professor planejará para conseguirmos um bom resultado.”
Campanha do Vasco em 2024
“No ano passado, deixamos escapar algumas oportunidades no Brasileiro. Se tivéssemos ido mais longe, poderíamos estar competindo em uma Libertadores. Jogar em uma competição dessa magnitude, não que a Sul-Americana não seja importante, mas devemos ter ambição de chegar ao topo. No ano passado, faltou pouco para atingirmos esse objetivo e termos um bom desempenho na Copa do Brasil.”
Condição física da equipe
“Em uma sequência intensa de jogos, fica difícil treinar. Com jogos todos os sábados, domingos e quartas, o descanso é essencial. No período pós-Carioca, nossos treinamentos têm sido essenciais. Quem esteve na semifinal do Carioca teve que entrar no ritmo rapidamente, o que dificultou a adaptação dos recém-chegados. Agora, acredito que estamos bem entrosados e em boa forma física e mental para um campeonato positivo.”
João Victor
Reflexão sobre sua trajetória no Vasco
“Minha passagem teve altas e baixas. No começo, enfrentei muitas expulsões. Mas com o tempo, as coisas melhoraram. Sinto que estou mais adaptado e qualificado agora. Estou confiante de que este será um ano de muito trabalho, dedicação e conquistas.”
Expectativas para 2025
“Os campeonatos são desafiadores. Entramos no Carioca pensando no título, mas infelizmente não conseguimos. Isso deve servir de aprendizado para nos melhorar. O Brasileiro é um campeonato difícil, e uma derrota pode ter grandes consequências. A Sul-Americana é um torneio que o Vasco não disputava há um tempo, sabemos que haverá desafiadores jogos, mas estamos prontos para superá-los. No que diz respeito ao Brasileiro, precisamos minimizar as oscilações e lutar para evitar o rebaixamento, almejando uma posição melhor na tabela.”
Sobre a discussão com um torcedor em Saquarema: “Sem dúvida, isso já faz parte do passado. Conversamos, cada um expressou seu ponto de vista, e ficou por isso. Não há motivos para ninguém ficar chateado. Todos têm o direito de se expressar.”
Fonte: ge
