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Homossexual, artista transformista e apoiador do Vasco: a trajetória de Nando Gald

bot bot
28/06/2024 - 11:17
em Torcida
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Estádios de futebol são espaços onde os torcedores expressam seu amor pelo time, porém, nem sempre são seguros para todos. Um torcedor do Vasco desafia estereótipos ao vivenciar sua paixão de forma autêntica.

A história de Fernando Galdino é inspiradora.

Nascido e criado em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, Nando Gald utiliza o humor para se destacar em um ambiente historicamente machista. Há pouco tempo, era impensável imaginar um torcedor homossexual, afeminado e artista transformista sendo aceito pela torcida em um estádio de futebol.

Por esse motivo, Nando costumava esconder sua verdadeira identidade ao acompanhar seu pai e irmãos nos jogos do Vasco em São Januário.

“Eu tinha receio de participar, de me expressar, pois não me sentia acolhido. Por ser afeminado, torcer de forma peculiar chamava muita atenção. Eu comparecia aos jogos, mas de forma discreta, receoso. Tudo ainda era muito novo para mim”, relata o vascaíno ao ge.

Atualmente, Nando não sente mais a necessidade de se esconder. Ao contrário, ele se destaca no meio da multidão e deve parte de sua popularidade nas redes sociais à torcida do Vasco. É provável que já tenha assistido a algum vídeo do influenciador em seu celular (confira no início da matéria).

“Meu pai e meu padrasto são grandes torcedores do Vasco. Eles são muito amigos, frequentam os jogos juntos. Recentemente, em um aniversário, postei uma foto com meu pai, onde em uma sou sério e na outra, bem extravagante, a pedido dele. Posteriormente, em outra data comemorativa, estava usando a camisa do Vasco e fiz um close em frente ao bolo. Postei, e a repercussão foi enorme”, relata Nando.

“Inicialmente, hesitei em compartilhar e temi críticas, porém, um amigo me encorajou: ‘O Vasco representa a diversidade, então seja autêntico’. A postagem viralizou, e as pessoas passaram a pedir mais conteúdos relacionados ao Vasco”, completa ele.

No início do último mês, Nando foi convidado pelo Vasco para participar do evento de lançamento do novo patrocinador máster do clube. Desde então, ele estabeleceu parcerias com a casa de apostas que patrocina o Vasco e é frequentemente convidado para os jogos da equipe.

Neste 28 de junho, celebra-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, uma causa que vem sendo abraçada pelo Vasco. Nos últimos anos, o clube realizou campanhas e, em 2021, incluiu as cores do arco-íris em seu uniforme, tornando-o símbolo do movimento.

“Quebrou barreiras”

Com os lemas “respeita a minha história” e “aqui é o Vascão”, Nando Gald quebrou barreiras. Após uma vida como torcedor, ele não deseja mais passar despercebido em São Januário.

“Minha jornada expandiu para um público diversificado. As pessoas passaram a me enxergar não apenas como alguém trazendo humor na internet, mas como alguém com uma história, uma luta, uma trajetória”, destaca.

“Após a repercussão, meu pai e padrasto compraram ingressos e me obrigaram a ir a um jogo. Eu fui apreensivo. Ao chegar, fui surpreendido pela calorosa recepção dos torcedores. Eles queriam tirar fotos comigo, me abraçavam e me chamavam de ‘Nando’. Foi uma sensação única. Quando adentrei o estádio, fui aclamado pela multidão”, acrescenta o vascaíno, que atua como técnico em enfermagem.

Foto: Arquivo pessoalNando no entorno de São Januário em dia de jogo do Vasco

Nando no entorno de São Januário em dia de jogo do Vasco

Ainda não totalmente consciente do impacto positivo que sua coragem provoca, Nando é um exemplo de representatividade. A convivência de um homem homossexual com o universo futebolístico ainda enfrenta resistência. Enquanto os torcedores do Vasco o acolhem em São Januário, Nando serve de inspiração para milhares de homossexuais que não se veem representados nos estádios.

“O que você vê online é quem eu sou. Por isso afirmo: ‘respeita a minha história’. E o mais gratificante é quando as pessoas se identificam comigo”, diz.

“Recebo pedidos para prosseguir, alguns gays discretamente confidenciam que os inspiro, destacando a relevância do que faço. Mas, afinal, o que estou fazendo? Simplesmente sendo eu mesmo em um estádio de futebol”, prossegue.

Ainda que raras, existem hostilidades

“Foi durante o jogo contra o Vitória. Ao sairmos do estádio, um indivíduo começou a proferir ofensas. Enquanto muitos solicitavam fotos comigo, ele me insultava, chegando a me agarrar e gritar ‘Até quando você vai continuar com essa palhaçada? Seja homem!’. O tom foi agressivo. Nesse momento, meu pai interveio, assim como outros torcedores. Sabemos que tal situação existe, mas quando ocorre conosco…”

“Fiquei chocado, sem reação. As pessoas ainda se preocupam com a forma como os outros vivem. Meu pai prontamente o enfrentou: ‘Eu sou pai dele e não tolero que você o desrespeite’. Apesar de constrangedora, eu já estava preparado. A pessoa pode discordar, porém, prezo pelo respeito”, relata Nando.

O episódio mencionado por Nando é grave, porém, incomum diante do apoio majoritário que recebe tanto da torcida quanto do clube. Sua prontidão para enfrentar tais momentos revela o apoio e compreensão que sempre teve em casa. Enquanto muitos amigos homossexuais sofrem preconceito familiar, o vascaíno sempre contou com o apoio de seus entes queridos.

“Aos 16 anos, compartilhei abertamente minha jornada com minha família, que sempre me protegeu, temendo que eu me machucasse ao enfrentar o mundo exterior. A preocupação deles com as adversidades lá fora sempre foi evidente”, revela Nando.

“Tenho uma ampla rede de apoio, sou privilegiado. Minha família é diversa, convivendo harmoniosamente, respeitando o espaço alheio. Se o mundo fosse assim, muitas questões seriam diferentes”, conclui.

“Hoje consigo rir da situação, porém, fiquei mais de uma semana receoso de ir ao trabalho. Ao me dirigir para lá, de ônibus, fui surpreendido por uma situação de assalto. Dois rapazes abordavam as pessoas, exigindo os telefones. Testemunhar aquilo me entristeceu, ver indivíduos perdendo seus pertences. Todos estavam em alerta. Mesmo com o susto, ao mexer em minha bolsa, o assaltante, ao ver meu perfume, olhou-me e disse: ‘Não, Vascão’. Fui reconhecido até em meio à adversidade”, compartilha em tom descontraído.

Anedotas surpreendentes

“Meu irmão reside em Portugal. Juntei economias para visitá-lo e realizarmos um mochilão pela Europa. Enquanto passeava no Museu do Louvre (Paris, França), a Monalisa parecia não me suportar, roubando a atenção dos visitantes que preferiam tirar fotos comigo. Até nos arredores da Torre Eiffel: ‘Meu Deus, o Vascão está na Europa’. A experiência fora de minha zona de conforto revela novas perspectivas”, diverte-se.

O surgimento de uma drag queen

Em 2017, Nando Gald deu vida à drag queen Katrinna. A arte representou uma maneira adicional para o torcedor do Vasco quebrar barreiras e afirmar sua autenticidade. Katrinna emergiu com o apoio fundamental de sua madrinha Andréia, recentemente falecida e que não testemunhou o sucesso e afeto que o sobrinho conquistou entre milhares de seguidores.

“Katrina sempre fez parte de mim, esperando apenas a oportunidade para se expressar. Receei o julgamento alheio. Minha madrinha foi minha maior aliada, a ela contei meu desejo de me montar, de exteriorizar minha feminilidade. Compreendeu minha necessidade, providenciou uma peruca loira e outros acessórios. Katrinna é parte de quem eu sou”, afirma o torcedor.

Nando é casado, mas seu esposo, Victor, não compartilha do mesmo amor pelo futebol. Acompanhado de pai, primos e amigos, costuma frequentar São Januário. Com seu leque personalizado e vestindo a camisa do arco-íris, o torcedor está preparado para continuar cativando corações e sendo um exemplo.

Afinal, “o Vasco é sinônimo de diversidade”, nas palavras de Nando, que finaliza:

“O futebol é para todos. Ele tem o poder de unir pessoas. Não há espaço para divisões, é um ambiente diversificado. O respeito deve sempre prevalecer em primeiro lugar”.

O acolhimento a Nando é um dos frutos proporcionados pela Torcida LGBTQ+ do Vasco, criada há quatro anos, dedicada a educar e quebrar as barreiras do preconceito em São Januário.

“Antes de 2021, seria impensável ver alguém com o perfil de Nando em São Januário, sendo bem recebido e tratado com respeito. É bastante positivo presenciar a abertura de portas. Vê-lo se sentindo acolhido e seguro é muito gratificante”, destaca Beatriz Abreu, uma das líderes do coletivo.

O grupo conta com cerca de 100 membros ativos no WhatsApp, unidos para assistir juntos às partidas no estádio. Além de servir como um espaço acolhedor e protetor, o coletivo também participa de iniciativas promovidas pelo Vasco, ainda que a interação com o clube esteja mais intensificada durante o mês de junho.

“Sabemos que o meio futebolístico é marcado pelo machismo e sexismo, sendo desafiador para pessoas LGBT frequentarem os estádios sem sofrerem hostilidades. Muitas vezes, a violência psicológica e verbal é mais corrosiva que a física. Estamos constantemente sob vigilância, daí a importância de estarmos próximos do Vasco e nos sentirmos seguros”, comenta Beatriz.

“Como grupo, fortalecemo-nos mutuamente, cuidando um do outro. É uma ligação única. Poder desfrutar da liberdade é transformador. A criação da torcida trouxe uma mudança significativa, permitindo-nos curtir o momento com os amigos. A única barreira que conhecemos é a do Vasco. A história do clube é um suporte, uma vez que, no passado, não toleramos o racismo. Quando o clube traz essa mensagem, relembra nossas raízes”, completa Vanessa Terra, integrante da torcida.

O coletivo Vasco LGBTQ+ participou ativamente dos lançamentos de uniformes em apoio à causa nos últimos anos. As camisas com as cores do arco-íris foram bem recebidas pela torcida e continuam fazendo sucesso nas arquibancadas.

“A mudança de mentalidade e comportamento dos torcedores passa pelo apoio do Vasco, que abraça a causa. Buscamos diálogo, educação, para que as pessoas aprendam e internalizem. Esse é o caminho mais eficaz. O manifesto assinado pelas torcidas em 2022, repudiando os gritos homofóbicos, foi uma iniciativa do Vasco. Não queremos responder à violência com mais violência, mas com educação”, afirma Beatriz Abreu.

“Com o retorno dos jogos após a pandemia, e com a camisa LGBT já lançada, temíamos como seria o retorno aos estádios. Rafael (um dos fundadores da torcida) estava receoso no primeiro jogo. Porém, ao entrar, avistou um mar de camisas coloridas. Observar uma instituição secular, com torcidas tradicionais, deixando de lado o conservadorismo em respeito à diversidade, torna nossa luta menos árdua”, conclui a torcedora.

Fonte: ge

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