John Textor quebrou o silêncio sobre uma possível saída da SAF do Botafogo. Em uma entrevista ao ge, realizada nesta segunda-feira, o empresário americano assegurou que não há disputa pelo controle do Alvinegro com o clube social.
Nesta manhã, rumores sobre um eventual encontro de João Paulo Magalhães Lins, presidente do clube social, com representantes da Eagle e Ares, empresa que financiou a compra do Lyon por Textor, começaram a circular em grupos de WhatsApp. O executivo, que assumiu o Botafogo em dezembro do ano passado, destacou que se vê como um “soldado de Textor”.
— Não gosto de comentar rumores, mas, como esse reverberou bastante, vou me manifestar. Essa notícia não tem fundamento. Não existe reunião da Eagle sem a minha participação. Quero esclarecer como tudo funciona. Sou o sócio majoritário da Eagle Football Holdings, que possui uma subsidiária chamada Eagle Football Holdings MIDCO, da qual sou o único diretor. Essa última é sócia da Eagle BIDCO, que está ligada aos clubes. A diretoria da BIDCO conta comigo, Mark Affolter, da Ares, e Chris Mallon. Haverão mudanças nesse grupo em breve, mas permaneci nele — explicou Textor.
Textor mencionou que teve uma conversa com João Paulo, que garantiu que não houve diálogo com representantes da Ares. O empresário descartou qualquer disputa pelo controle do Alvinegro.
— João Paulo está à frente do clube social, eles têm suas opiniões. Eles possuem 10% do Botafogo e estão sempre convidados a colaborar quando desejarem, mas a Eagle Football detém 90%. Não somos como o Vasco, não se trata da 777. Temos acionistas sólidos e a governança do clube está estável, não há necessidade de mudanças.
No ano anterior, Pedrinho, presidente do Vasco, solicitou na Justiça o afastamento da 777, a empresa que controlava a SAF, devido a problemas financeiros. Atualmente, o clube de São Januário opera como um clube-empresa, mas não possui um investidor majoritário, sendo gerido pela diretoria liderada pelo ex-meia.
Ao ser questionado sobre a saúde financeira do Alvinegro para finalizar a temporada, Textor reafirmou que o Botafogo está em boas condições:
— Os acionistas seguirão apoiando. Eu disse que gostaria de permanecer nesse clube até o fim, eu vou morrer no Botafogo. Não sei se isso significa que serei o líder para sempre, não sei quantos anos uma pessoa pode aguentar isso (risos), mas a Eagle Football sempre apoiará esse grande clube, e os torcedores não precisam se preocupar. Temos desafios, como uma família, mas superaremos isso, não importa a situação.
Fonte: ge