Entretanto, o resultado não foi o que mais chocou na tarde/noite paranaense. Foi surpreendente ver um diretor do Vasco, atuando como treinador, desmerecer um jogador pelo qual o clube investiu U$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 9 milhões) por 50% dos direitos econômicos. Ao criticar o desempenho do zagueiro argentino Manoel Capasso, Felipe Loureiro foi rude e depreciou um ativo valioso do Vasco, o que é inadequado até por questões de política interna.
É importante lembrar que o parágrafo 7 do Artigo 47 do Capítulo VII do estatuto menciona que “Caso incorram em ato de gestão irregular ou temerária, os dirigentes eleitos ou nomeados serão imediatamente afastados… pelo período de cinco anos.” Em outras palavras, como diretor responsável pelo futebol, Felipe Loureiro agiu contra os interesses do clube, um dia após a diretoria anunciar que a dívida já ultrapassa R$ 1,1 bilhão. No mínimo, houve falta de cuidado.
É improvável que isso resulte em consequências, sabemos. Na verdade, Felipe, que está no comando, continuará como técnico do Vasco até que os resultados o afastem da função, mostrando que pode liderar um clube da Série A. Até o momento, ele teve 37 jogos, com apenas 26,4% de vitórias e 37,2% dos pontos disputados durante suas passagens por Tigres, Bangu, Confiança, Volta Redonda e Vasco. Como não haverá tempo para treinamentos até o jogo contra o Lanús, na Argentina, na terça-feira (13), é pouco provável que Pedro Paulo, o presidente, coloque fim ao sonho de seu grande aliado.
Fonte: Blog Gilmar Ferreira – Extra