Jornalistas comentam sobre as qualidades de Lucas Freitas, o primeiro reforço do Vasco para a temporada de 2025.

O Vasco anunciou o seu primeiro reforço para 2025: o promissor Lucas Freitas, de 23 anos. O defensor chega a São Januário após uma passagem pelo Juventude e firmou um contrato de três anos com o clube. Mas como ele se comporta como zagueiro e de que maneira pode ser valioso para o time que terá Fábio Carille no comando?

Lucas Freitas em treino pelo Juventude — Foto: Fernando Alves/ECJLucas Freitas em treino pelo Juventude — Foto: Fernando Alves/ECJ

Canhoto, Lucas Freitas transitou para o Juventude no início de 2024, em um empréstimo vindo do Palmeiras, e inicialmente era visto como a quarta opção da zaga, atrás dos titulares Danilo Boza e Zé Marcos, além de Rodrigo Sam. Foi apenas nos momentos decisivos do Brasileirão que ele começou a se firmar no time principal, aproveitando uma fase irregular da defesa titular e a ausência de Rodrigo Sam devido a uma lesão.

Ao longo da temporada, totalizou 23 jogos, com 18 como titular – 15 deles na Série A. Lucas Freitas foi peça chave nos sete últimos jogos consecutivos do Juventude no Campeonato Brasileiro e teve um papel crucial na campanha de recuperação do time gaúcho, que lutou contra o rebaixamento na reta final do torneio.

“Uma aposta promissora”

O comentarista do SporTV, Cabral Neto, que analisou partidas do Juventude com Lucas Freitas na defesa, acredita que o Vasco acertou na contratação, especialmente pelas circunstâncias do acordo.

– Lucas Freitas é uma aposta promissora do Vasco. Ele fez jogos bastante interessantes no Juventude esse ano, embora tenha demorado a conquistar sua titularidade, mas quando teve a chance, brilhar foi sua especialidade. Mostrou passes precisos, agilidade na recuperação e uma certa habilidade para atuar na lateral-esquerda – comentou Cabral.

– Zagueiros canhotos são sempre uma raridade no mercado, o Vasco teve dificuldades para adaptar atletas nessa posição em temporadas anteriores e Léo não conseguiu convencer nesse último ano. É uma posição carente no clube e o Vasco aposta em um jogador que pode trazer retorno sem comprometer o seu orçamento – acrescentou.

Veja lances de Lucas Freitas pelo Juventude no Gauchão deste ano

O comentarista Pedro Moreno concorda com Cabral e acredita que o jovem zagueiro tem grande “potencial de crescimento”.

– Lucas foi campeão nas categorias de base do Flamengo e do Palmeiras, onde foi revelado e conquistou a Copinha como zagueiro titular no time de Endrick. A partir de 2023, começou a ser emprestado para ganhar experiência. Nessa temporada, foi reserva na maior parte do ano, mas ganhou espaço com a chegada de Fabio Matias ao Juventude, se tornando titular nas partidas decisivas que mantiveram o Juventude na Série A do Brasileirão – relembrou Pedro Moreno.

– É um defensor jovem de 23 anos, com ótimo potencial de evolução. Rápido, com passes de qualidade e ótimo posicionamento. Ser um zagueiro canhoto, quase uma raridade no mercado, também conta muito a seu favor. Teve uma boa formação nas categorias de base, mas ainda está em busca de se firmar entre os profissionais. Acredito que ele chega para integrar o elenco, para ser desenvolvido e, talvez, futuramente, brigar por uma vaga entre os titulares. Mas a carência do Vasco na zaga ainda persiste. Na minha visão, o cruzmaltino precisa de mais dois zagueiros: um para ser titular e outro para competir com João Victor – finalizou.

Pontos fortes, fracos e experiência na lateral

Roberto Peruzzo, que cobre o Juventude para o ge, acompanhou de perto a temporada do zagueiro e destacou as vezes em que Lucas foi utilizado na lateral esquerda.

– Vejo Lucas como um zagueiro técnico, com boa capacidade de construção de jogo. Antes de ser usado na zaga, ele atuou como lateral-esquerdo em uma ou duas partidas, estratégia adotada por Fábio Matias para dar mais consistência ao sistema defensivo, substituindo Alan Ruschel – contou Peruzzo.

– Suas principais características incluem uma boa saída de bola, excelente recuperação de jogadas e boa velocidade. No entanto, ele nunca foi um defensor que transmitiu segurança ao torcedor do Juventude durante as partidas. Em algumas situações, contra atacantes mais experientes, ele enfrentou dificuldades e não teve atuações memoráveis. Além disso, falta um pouco de imposição física e desempenho melhor na bola aérea – completou.

Fonte: ge