— DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES, HOMOLOGADO ANTERIORMENTE PELA CORTE SUPERIOR, devido à incapacidade mental e à possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido como CORONEL NUNES — afirmou o juiz em sua decisão.
O caso retornou ao tribunal fluminense a pedido do ministro do STF Gilmar Mendes. No dia 7 deste mês, ele negou o afastamento imediato de Ednaldo, mas determinou o envio do caso ao TJ-RJ para a “apuração imediata e urgente… dos fatos narrados nas petições”. Assim, o desembargador decidiu nesta quinta.
Ednaldo Rodrigues deixa a presidência da CBF por decisão judicial — Foto: Fred Gomes
Na semana passada, dois pedidos foram apresentados ao STF para a saída de Ednaldo do cargo. A deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF, alegaram que a assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da entidade, foi falsificada em um acordo feito no início deste ano. Um laudo pericial também indicou que a assinatura não é autêntica.
Esse acordo, assinado por cinco dirigentes, encerrou uma ação que questionava o processo eleitoral da CBF e, na prática, possibilitou a eleição que há pouco mais de um mês garantiu a Ednaldo Rodrigues a continuidade na presidência. Se a assinatura for realmente falsificada, Daniela do Waguinho e Fernando Sarney argumentam que o documento perde sua validade.
O ministro Gilmar Mendes rejeitou o afastamento imediato de Ednaldo e a suspensão da homologação do acordo, mas enviou o caso ao TJ-RJ. Em seguida, o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro requisitou ouvir o Coronel Nunes na última segunda-feira. No entanto, o advogado do ex-presidente da CBF informou que ele não compareceria por questões de saúde. O desembargador cancelou a audiência e, quatro dias depois, decidiu pela saída de Ednaldo da CBF.
Esta é a segunda vez que o TJ-RJ destitui Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. A primeira foi em dezembro de 2023, mas um mês depois ele retornou ao cargo por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.
Fonte: ge