Loide Augusto é apresentado: ‘Quando surgiu a chance de me juntar a este grande clube que é o Vasco, não pensei duas vezes’

Apesar de já ter atuado em três partidas com a camisa do Vasco – duas contra o Flamengo na semifinal do Carioca e uma vitória sobre o Nova Iguaçu na Copa do Brasil – Loide Augusto foi oficialmente apresentado apenas nesta quarta-feira, durante uma coletiva no CT Moacyr Barbosa.

O atacante angolano expressou seu desejo de deixar o Analyaspor, da Turquia, para defender o time cruz-maltino desde o início das negociações. Ele compartilhou suas aspirações de jogar no futebol brasileiro, um sonho que remonta à sua infância.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

– Quando era mais jovem, tinha um projeto para buscar novos talentos em Angola. O primeiro jogador que trouxe foi o Geraldo, que se transferiu para o Coritiba. Todos nós sonhávamos em vir ao Brasil para nos desenvolver. Essa aspiração permaneceu em mim até o momento em que assinei o contrato – revelou, iniciando a coletiva com uma expressão séria, mas logo se mostrando mais à vontade.

“Quando surgiu a chance de jogar neste gigante que é o Vasco, não pensei duas vezes. Quis logo fazer parte”, acrescentou.

Loide Augusto é apresentado no Vasco — Foto: Luiza Sá / geLoide Augusto é apresentado no Vasco — Foto: Luiza Sá / ge

Loide participou do segundo tempo nas três partidas já disputadas e admitiu que encontrou dificuldades com o cansaço e o calor do Rio de Janeiro.

– Nos primeiros dias, senti bastante o cansaço devido ao clima, que é bem diferente. Mas agora estou me sentindo muito melhor. Tive algumas semanas para entender como posso contribuir. Estou muito feliz por estar aqui – disse o atacante, que usará a camisa 45 em homenagem ao pai, que faleceu nessa idade.

Mais sobre a coletiva de Loide Augusto:

Posicionamento em campo

– Sempre joguei tanto na esquerda quanto na direita. Isso é um reflexo da minha adaptação ao jogo, que é mais intenso aqui. Estou pronto para atuar na posição que o técnico decidir, seja na esquerda ou na direita. Não acredito que a minha falta de minutos se deve a isso.

O que sabe sobre a história do Vasco

– Eu conheço bastante, sei das lendas como Romário e Edmundo, que são ídolos não apenas aqui, mas mundialmente. Conheço também a importância do clube na história da inclusão de escravos. Quando surgiu a oportunidade, não hesitei e quis estar aqui. Minha conversa com o Pedrinho foi breve, mas positiva. Ele me falou sobre o projeto do Vasco e logo aceitei.

Como lidar com a pressão da torcida

– Encaro isso de forma tranquila. Jogar em um clube grande como o Vasco implica estar aberto a tudo. Existem críticas boas e ruins, mas o importante é manter o foco no trabalho e as coisas fluirão. As críticas fazem parte e é normal, encaro isso como algo normal.

Sul-Americana

– Em um grande clube, cada competição é significativa. Vamos focar em cada jogo e tentar extrair o melhor de todas as partidas. Não consigo afirmar que uma competição é mais importante que outra, pois isso depende muito das circunstâncias. Estamos sempre na obrigação de vencer e minha concentração está em cada partida.

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Treinos intensivos

– O que mais tem me desafiado é o calor. Na África também temos calor, mas o do Rio é diferente, mais abafado, com dificuldades para respirar, tontura… Com o tempo, o corpo se adapta. É fundamental permanecer calmo, sem ansiedade, e deixar as coisas fluírem.

Características do jogo

– Sou um jogador veloz, que gosta de partir para o ataque, com um estilo diferente dos outros extremos. Enquanto jogam de maneira mais técnica, como o Nuno e o Garré, eu sou mais para ter rupturas e ir para cima, trazendo algo diferente ao time.

Comentário sobre live controversa

– Eu realmente não esperava que a live repercutisse tanto e fui surpreendido pela recepção que tive. Mas é uma responsabilidade que assumo, pois fui eu quem a criou, então tenho que lidar com as consequências.

“Ou eu vou para o Vasco…”: em live, Loide Augusto comenta negociações com clube vascaíno

Sobre o calendário do futebol brasileiro

– É desafiador. Na Turquia, jogávamos apenas uma vez por semana, enquanto aqui são dois jogos a cada sete dias. É preciso se recuperar rapidamente e acredito que o corpo vai se ajustar e responder bem.

Integração com o grupo e ideias do técnico Carille

– Fui bem recebido, todos me receberam de braços abertos, mesmo brincando sobre minha situação (risos). O grupo é maravilhoso, cheio de pessoas incríveis. Temos grandes nomes como Coutinho, Payet e Vegetti, que são exemplos para todos. Taticamente, não sinto diferenças do que é requisitado na Europa, é corrida nas costas e busca pelo espaço. O técnico quer ter a posse de bola. Acredito que com o tempo, tudo se ajustará.

Promessas ao torcedor

– Prometo esforço, dedicação e compromisso. Isso não se resume a mim, mas a todo o grupo. Minha promessa é que vou me dedicar ao máximo e agir com profissionalismo. Só isso.
Fonte: ge


Receba notícias do Vasco

Cadastre seu e-mail para receber os principais destaques do Vasco.