Pelo segundo confronto consecutivo, Matheus França foi posicionado como segundo homem no meio-campo, uma manobra adotada por Fernando Diniz para aumentar a ofensividade do Vasco. O meia-atacante foi improvisado logo após o intervalo, substituindo Tchê Tchê, mas novamente apresentou uma performance discreta. A equipe acabou sofrendo uma derrota acachapante de 3 a 0 para o Botafogo, na 32ª rodada do Brasileirão.
Essa improvisação evidencia, mais uma vez, a escassez de oportunidades que alguns jogadores da posição têm enfrentado e a mudança de status de muitos deles para 2025.
Matheus França em partida contra o Botafogo no Nilton Santos — Foto: André Durão
Paulinho é um caso emblemático. O atleta desempenhou um papel vital na campanha do Vasco pela fuga do rebaixamento em 2023, mas enfrentou uma séria lesão no joelho no ano anterior. Sua participação nesta temporada tem sido escassa, com apenas algumas aparições, a mais recente na reta final do jogo contra o Ceará, em 14 de setembro. Como titular, Paulinho nunca chegou a atuar sob o comando de Diniz. Seu último jogo como titular foi em maio, contra o Vitória, em Salvador.
Assim como Paulinho, Mateus Carvalho também permaneceu no banco na derrota no Nilton Santos. O jogador tem recebido um pouco mais de tempo de jogo com Diniz, mas está longe de ser um titular indiscutível, status que tinha na temporada passada, onde participou de 50 partidas e formava uma dupla de volantes com Hugo Moura. Seu último jogo entre os titulares foi há mais de dois meses, no empate em 2 a 2 contra o Ceará, em São Januário.
Paulinho em ação pelo Vasco na temporada 2025 — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
Apesar de atuar nas funções de primeiro e segundo volante, Thiago Mendes tem recebido poucas oportunidades, chegando a ficar dois meses sem jogar até o final de outubro. O jogador, que foi a primeira contratação da última janela de transferências, entrou na parte final do jogo para formar dupla com Hugo Moura. Até agora, ele participou de apenas oito partidas pelo Vasco, sendo apenas uma como titular.
Além disso, o elenco sofreu uma baixa significativa com a lesão de Jair. O volante teve uma lesão ligamentar grave no joelho, passou por cirurgia e só estará de volta na próxima temporada.
Durante a coletiva de imprensa, Diniz comentou sobre a improvisação de França. Assim como ocorreu contra o São Paulo no domingo, a substituição não surtiu o efeito desejado. O meio-campo ficou ainda mais vulnerável e a derrota se acentuou no segundo tempo.
— O sistema não mudou. O França entrou na vaga do Tchê Tchê. Eu queria que o time ganhasse uma característica mais ofensiva para tentar empatar o jogo. Ele (França) não é um jogador que veio para essa posição. Mas considerando as circunstâncias e seu desempenho durante a semana, achei que ele poderia ajudar a equipe a ter mais chances de vitória. Ele não começou como oito, entrou porque precisávamos ganhar — afirmou Diniz.
Diniz também reconheceu a queda de rendimento de Tchê Tchê, mas assegurou que está empenhado em recuperar a melhor forma do jogador, que, segundo sua avaliação, teve seu melhor momento no Vasco antes da lesão na coxa que o afastou dos gramados em setembro.
— No primeiro tempo, achei que o Tchê Tchê não estava bem e por isso o substitutei. Se estivesse em boa fase, não teria saído. O melhor momento da carreira dele foi aqui no Vasco, na minha avaliação, antes da lesão. Ele estava se destacando, e a expectativa é que retorne ao seu melhor — disse o treinador.
Tchê tchê disputa com David Ricardo em clássico no Nilton Santos — Foto: André Durão
O Vasco retornará aos campos no sábado, enfrentando o Juventude, às 18h, em São Januário. O confronto é parte da 33ª rodada do Brasileirão.
Fonte: ge







