Verstappen não esconde seu apreço pelo Brasil. Em novembro de 2023, ele revelou ter optado por torcer pelo Vasco da Gama. À equipe do ge, ele explicou que foi a família de sua namorada, Kelly Piquet, que o aproximou do Cruzmaltino. Seu sogro, o tricampeão mundial Nelson Piquet, sempre demonstrou sua torcida pelo time carioca.
– Sim, eu recebi a camisa do Vasco. É bastante curioso. Com certeza, a família Piquet é bem extensa e muitos deles são amantes do futebol. Em uma conversa, estávamos debatendo sobre times e decidimos que eu deveria torcer pelo Vasco. Eu pensei: “Tudo bem para mim”. Agora, eu os apoio, pois adoro assistir ao futebol de várias partes do mundo. A ideia se propagou e, agora, as pessoas acham que sou um grande torcedor do Vasco, mas não vejo problema nisso.
Mesmo não se considerando um especialista em relação ao Vasco, Max reconhece quem é Dimitri Payet, talentoso jogador francês e camisa 10 do clube carioca.
– Sim… ele veio do (Olympique de) Marseille. Ele é um jogador surpreendente. Sem dúvidas, ele faz a diferença.
O convívio com os brasileiros da família de sua namorada não facilitou que Verstappen aprendesse o idioma português. Ele ainda enfrenta diversos obstáculos com a combinação do idioma com o inglês. Apesar disso, surpreendeu ao imitar um sotaque carioca e mandou um “tamo junto” para os adeptos brasileiros.
Para Max, é chegada a hora de o Brasil ter um representante na Fórmula 1 novamente. O último piloto brasileiro a participar de um Grande Prêmio foi Pietro Fittipaldi, que substituiu Romain Grosjean na Haas em duas corridas de 2020. Desde 2017, quando Felipe Massa estava na Williams, o país não conta com um competidor fixo na F1.
– Se observarmos a paixão dos fãs, creio que o Brasil merece (ter um piloto na F1). Pilotos brasileiros construíram uma história magnífica no esporte.
Felipe Drugovich, 23 anos, campeão da Fórmula 2 em 2022, e Gabriel Bortoleto, 19 anos, competindo na categoria em 2024 e integrante do programa de desenvolvimento de pilotos da McLaren, despontam como possíveis candidatos para levar o Brasil de volta à F1. Próximo desses dois pilotos, Verstappen menciona uma conversa com Bortoleto sobre uma eventual promoção ao topo do automobilismo global, e acredita que ele pode ser o próximo brasileiro no grid da categoria.
– Eles são excelentes, pilotos formidáveis. Certamente, adoraria vê-los alcançar o topo, mas reconheço que este é um esporte complexo. Além do talento, é preciso ter um pouco de sorte. Gabriel é um rapaz excepcional, muito simpático. Se ele mantiver o desempenho e a personalidade, acredito que há uma boa chance de ele chegar lá. No entanto, não gostaria de pressioná-lo, especialmente diante da grande expectativa do Brasil. Contudo, se ele seguir trabalhando e sendo quem é, terá uma oportunidade.
Os três títulos mundiais de Verstappen conquistados em 2020, 2021 e 2022 o colocam em um seleto grupo de pilotos. Ao igualar o feito de Ayrton Senna, campeão em 1988, 1990 e 1991, inevitavelmente surgem as comparações com o ídolo brasileiro, especialmente pelos estilos agressivos de pilotagem de ambos, mas Max prefere não entrar nesse debate.
– Sempre considero complicado comparar pilotos. Devemos admirar cada um à sua maneira. Cada um possui seu estilo de pilotagem próprio. Ayrton tinha o dele. Certamente, podemos admirá-los, apreciar o estilo de corrida de cada um, como se defendiam. No entanto, é crucial lembrar que cada época do esporte, com seus carros, é bastante distinta. Se Ayrton estivesse pilotando nos dias de hoje, com certeza o faria de modo um pouco diferente, pois é necessário se adaptar à nova geração de carros.
Fonte: ge