Nos últimos cinco jogos, o Vasco conquistou quatro vitórias, totalizando 12 pontos e alcançando a oitava colocação no Brasileirão. Após um triunfo impressionante por 2 a 0 sobre o Fluminense na segunda-feira, na 29ª rodada, a equipe vive um momento de grande desempenho, saindo de uma posição de risco de rebaixamento para se tornar um forte concorrente a uma vaga na Libertadores.
Atualmente, o Vasco ocupa o oitavo lugar, com 39 pontos. A equipe se aproxima da “nota de corte” que previne o rebaixamento, mirando agora os 7 pontos que a separam do Bahia, que ocupa a sexta posição (G6) e possui um jogo a menos. O técnico Fernando Diniz considera essa distância injusta:
— Com certeza, deveríamos estar em uma posição melhor na tabela. Perdemos muitos pontos em partidas que estavam ao nosso favor ou em que éramos superiores. Não é comum não pontuarmos após performances muito ruins. Acredito que o Vasco tem o elenco necessário para avançar. O tempo dirá.
A proximidade do G6 traz otimismo, especialmente com a presença de dois semifinalistas da Libertadores (Palmeiras e Flamengo) e um da Copa do Brasil (Cruzeiro) na zona de classificação, o que aumenta as chances de mais vagas ao final do campeonato. O Vasco, por sua vez, é também semifinalista do mata-mata nacional, podendo assegurar uma vaga na Libertadores se conquistar o título.
**Defesa em ascensão**
Os números da campanha vascaína são notáveis. No segundo turno, a equipe só perde em desempenho para Palmeiras e Flamengo, que brigam pelo título. O Vesgo conquistou 20 pontos em 10 jogos, enquanto o Palmeiras e o Flamengo somam 22 e 21, respectivamente.
Essa boa fase é atribuída à melhoria em dois aspectos, especialmente na defesa. As contratações de Robert Renan e Carlos Cuesta trouxeram um novo nível de segurança, especialmente em jogadas aéreas. Nos quatro jogos em que formaram a dupla de zaga, a taxa de aproveitamento do time subiu de 38,7% para 83,3%, enquanto a média de gols sofridos caiu de 1,6 para apenas 0,25 por partida. Além disso, o número médio de finalizações necessárias para que o Vasco sofresse um gol aumentou de 7,9 para impressionantes 74, segundo dados da plataforma Sofascore.
A chegada do volante Barros também foi crucial para fortalecer o setor defensivo. O jovem jogador trouxe intensidade e combatividade, e desde que voltou a ser titular não conheceu a derrota, com uma média de 1,9 desarmes e 3,6 recuperações de bola por jogo.
**Janelas de transferências estratégicas**
No ataque, a ascensão de Rayan tem sido notável. Destaque no clássico, o atacante de apenas 19 anos balançou as redes seis vezes em seus últimos seis jogos, conquistando a posição de titular em detrimento de Vegetti. Essa mudança facilitou a entrada de Andrés Gómez no ataque, intensificando o volume ofensivo e a recomposição nas laterais. A combinação do trio formado por Rayan, Nuno Moreira e Philippe Coutinho resultou em quatro gols nos últimos dois jogos.
As contratações de Robert Renan, Cuesta, Barros e Gómez foram decisivas durante a última janela de transferências, alterando a perspectiva do clube e do trabalho de Diniz.
— Assim que a janela se abriu, havia uma pressão externa para contratar. Sem recursos financeiros, tivemos que agir de maneira cirúrgica. As contratações aconteceram no final da janela, após muito esforço, e todos somaram — celebrou o treinador.
Agora, Diniz tem a oportunidade de guiar o Vasco em uma trajetória semelhante à que teve no Fluminense em 2022. Naquele ano, o tricolor, considerado fora da disputa, garantiu seu lugar na Libertadores com três rodadas de antecedência. Após uma derrota na 31ª rodada, a equipe emendou seis vitórias seguidas em sete jogos.
Fonte: O Globo