Observações: Vasco tem desempenho regular, mas é prejudicado por dois momentos

O Vasco teve uma atuação regular, porém enfrentou dificuldades durante 40 minutos do jogo contra o Bragantino — nos primeiros 20 e nos últimos 20 da partida. Curiosamente ou não, foi nesses períodos que a equipe sofreu os gols que determinaram o resultado da partida desta quarta-feira em Bragança Paulista. As falhas individuais e a falta de sorte acabaram punindo o time em uma derrota que poderia ter sido evitada.

Logo aos seis minutos do jogo, já era visível que a noite não seria favorável ao Vasco. Léo Jardim cometeu um erro grave ao defender um chute de Hurtado e deixar a bola nos pés de Laquintana, que abriu o placar para o Bragantino. O gol originou-se de um arremesso lateral, e a defesa vascaína mostrou desatenção até o momento do erro do goleiro.

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O Bragantino continuou pressionando e teve facilidade para criar oportunidades nos minutos seguintes, principalmente pelos lados do campo, setor forte da equipe com as combinações entre pontas e laterais. Hurtado e Laquintana, nas costas de Piton e Cocão, levaram perigo.

Quando o Vasco conseguiu controlar a posse de bola e ditar o ritmo do jogo, sem se envolver em duelos físicos com o Bragantino, a equipe melhorou seu desempenho. A primeira oportunidade veio em um escanteio cobrado por Rossi, em que Vegetti cabeceou para fora.

Ramón Díaz pediu para que o time explorasse mais as laterais e sua orientação surtiu efeito. O treinador inverteu a posição de David e Rossi, trocando os lados, e o Vasco chegou ao empate com Vegetti em uma jogada trabalhada pelo técnico. Cocão fez o lançamento para Rossi, que tocou para o argentino marcar. No entanto, o VAR assinalou impedimento de Rossi no início da jogada, em um lance muito próximo. Mais um revés por falta de sorte.

Mudanças no intervalo fazem diferença

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No intervalo, Ramón Díaz substituiu João Victor, Cocão e Rossi, promovendo as entradas de Maicon, Zé Gabriel e Rayan. Com uma pequena alteração tática, colocando Galdames à frente dos dois volantes, o Vasco teve uma melhora significativa no segundo tempo e dominou durante 30 minutos.

Com mais intensidade e efetividade, Rayan se destacou pelo lado direito, aumentando a presença do Vasco no ataque na etapa complementar. O Bragantino se viu pressionado e a equipe de Ramón Díaz passou a trocar passes com mais qualidade no campo adversário. Em um cruzamento de Léo, Vegetti cabeceou e acertou a trave.

Após diversas tentativas — com quatro finalizações perigosas —, Vegetti finalmente marcou para o Vasco. Mesmo com o Bragantino dominando a posse de bola em um escanteio, a defesa vascaína afastou, o argentino recuperou a bola, tocou para Rayan, que cruzou para David encontrar Vegetti na área e empatar a partida aos 17 minutos do segundo tempo.

O Vasco continuou pressionando, porém acabou perdendo rendimento e revivendo os momentos negativos do primeiro tempo no final da partida. Logo no início da pressão do time paulista, o Bragantino marcou o gol da vitória, mais uma vez favorecido pela falta de sorte vascaína. Vitinho finalizou de longa distância, a bola desviou em Maicon e foi parar no ângulo do gol de Léo Jardim, que nada pôde fazer.

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Até o apito final, a equipe de Ramón Díaz tentou atacar, mas as entradas de Clayton e Adson não surtiram efeito. O time demonstrava cansaço no meio-campo, perdendo a combatividade essencial nessa região. Sforza e Galdames foram os que mais renderam abaixo do esperado no final do jogo. Maicon e Zé Gabriel, por exemplo, não apresentaram a mesma dinâmica de João Victor e Cocão.

Nem tudo foi má sorte, é claro. Há também aspectos a serem corrigidos. Conforme Ramón Díaz mencionou em entrevista coletiva, o Vasco poderia ter exercido mais pressão sobre Vitinho no momento em que o atacante recebeu a bola, impedindo-o de pensar e finalizar.

— Se tivéssemos pressionado um pouco mais, poderíamos ter evitado. São situações que precisamos corrigir e trabalhar — destacou Ramón.

Os dois gols sofridos pelo Vasco tiveram origem em lances laterais, outro ponto a ser notado pela desatenção da equipe. Se os primeiros minutos foram complicados pela falta de intensidade e encaixe defensivo, os minutos finais foram desafiadores devido ao cansaço e, mais uma vez, à falta de sorte.

Apesar disso, o time demonstrou qualidade em alguns momentos para ameaçar o gol adversário. Destaca-se as boas atuações de Vegetti e Sforza. Enquanto o atacante foi incansável no ataque, persistindo até balançar as redes, o volante mostrou qualidade e controle, sendo crucial para a equipe manter a posse de bola e a tranquilidade. David também merece elogios por oferecer opções de ataque ao Vasco e criar jogadas perigosas.

O Vasco não fez uma partida desastrosa em Bragança Paulista e buscou ao menos um empate, que seria um resultado positivo, porém acabou sofrendo sua primeira derrota em 2024 para um time da Série A — sendo derrotado apenas pelo Nova Iguaçu neste ano. Isso se deu em parte pela falha individual de Léo Jardim, que condicionou o jogo desde o início, e pela falta de sorte em lances decididos por detalhes, como a bola na trave de Vegetti, o impedimento de Rossi e o desvio decisivo de Maicon.

Para manter a consistência e buscar um bom resultado no clássico contra o Fluminense no próximo sábado, o Vasco precisa estar mais atento e agressivo, como foi no primeiro tempo diante do Grêmio, para evitar depender da sorte, ou da falta dela, diante de um adversário qualificado no Brasileirão.

Fonte: ge


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