Assumindo o comando do Vasco da Gama nesta segunda-feira (22), Pedrinho revelou mais detalhes sobre a renovação de São Januário. O novo líder Cruzmaltino revelou a data que almeja para iniciar e terminar as obras.
– Acredito que possa levar dois anos e meio a três anos. Meu desejo é que as obras comecem no meio do ano, com a entrega do estádio no final do meu mandato. Se isso não acontecer, o ideal é que iniciem após essa data, no final do ano. Vamos ver o prazo de entrega, mas esse é meu principal objetivo.
O ex-jogador também estabeleceu a reforma do estádio como a meta principal durante seu mandato e afirmou que alguns processos burocráticos ainda estão em andamento para garantir que certos critérios da obra sejam atendidos.
– Esta é minha grande meta. A principal dentro do meu mandato, dentro do contrato que estamos revisando. Então, meu maior objetivo é alcançar isso. Sabemos que ainda há critérios a serem cumpridos, como a questão do potencial construtivo, que ainda está em recesso e precisa de assinatura para que possamos escolher o melhor projeto para o Vasco, não o projeto do estádio de Pedrinho ou de qualquer outro, mas o melhor projeto para o Vasco.
Vice-presidente enfatiza prioridade
Na mesma cerimônia de posse de Pedrinho como presidente do Gigante da Colina, Renato Brito assumiu como segundo vice-presidente geral do Gigante da Colina e reforçou que a renovação de São Januário será a prioridade na nova gestão Cruzmaltina.
Brito destacou que o projeto ainda não foi aprovado, mas revelou os próximos passos para revitalizar o estádio. Segundo ele, a intenção é aproveitar e melhorar o plano apresentado pela administração do ex-presidente Jorge Salgado, sem causar atrasos significativos no processo.
– O projeto do estádio não está aprovado. Existe um projeto bastante avançado. Não estamos aqui para apenas carimbar, queremos entregar o estádio para o Vasco. Claro que qualquer projeto pode ser aprimorado. Sabemos que a equipe que elaborou o projeto está aberta a sugestões. É natural que o Pedrinho, como presidente, queira sugerir mudanças. Isso tudo é normal e não deve causar atrasos relevantes. Pelo contrário, estamos comprometidos com a reforma de São Januário e esperamos que tudo dê certo.
Especialista em Direito Imobiliário, Brito é uma das principais lideranças do projeto. Ele explicou também o status do processo e que estão sendo avaliados alguns ajustes que podem beneficiar o Vasco pela equipe da gestão atual.
– O projeto de lei demandou um estudo nosso para sugerir à Câmara de Vereadores algumas melhorias. O Vasco receberá o direito de venda de um potencial construtivo. São Januário tem X metros quadrados, poderia ocupar todos eles, e isso gera um direito ao Vasco para vendê-los. A grosso modo, isso é o potencial construtivo. Estamos analisando o projeto de lei de forma técnica para ver se podemos melhorar a legislação para trazer mais benefícios ao Vasco. O projeto de lei foi um presente do prefeito Eduardo Paes, pelo qual somos gratos, e foi enviado à Câmara. Agora, ela fará toda a análise legislativa. O projeto de lei ainda não foi aprovado. A Câmara está em recesso, como todos sabem.
De acordo com o novo vice-presidente, a intenção da diretoria do Time da Cruz de Malta era iniciar a reforma em 7 de abril, quando se comemora 100 anos da Resposta Histórica. No entanto, é altamente improvável, devido ao recesso da Câmara de Vereadores.
– Este projeto de lei está relacionado ao plano diretor da cidade, que acabou de ser aprovado. Então, levou um tempo até o plano ser aprovado. Agora estamos retomando esse assunto. Já temos reuniões marcadas com vereadores, vamos dizer assim, da bancada Vasco, que esperamos que apoiem nossas reivindicações. O projeto de lei precisa passar por um processo legislativo, aprovação em comissões. Temos a esperança e expectativa de que em abril o projeto seja aprovado e sancionado pelo prefeito.
Outro tema discutido foi a possibilidade de vender os naming rights do estádio, que consiste na transferência do nome de São Januário para uma marca explorar comercialmente.
– Temos que analisar os contratos com a SAF para entender se esse direito é possível para a associação. Se for possível, e acreditamos que seja, naturalmente esse valor pode ser adicionado ao potencial construtivo. Da mesma forma com outras vendas de potencialidades. Mas o dinheiro do potencial construtivo é essencial para que a reforma aconteça. Sem ele, não há estádio.
Em novembro, a gestão Salgado apresentou um projeto para transformar São Januário em um complexo e aumentar a capacidade para 47.838 torcedores, mais que o dobro dos 21.880 atuais.
A obra, tratada como revitalização e ampliação, foi orçada em R$ 506 milhões, com prazo de três anos. Foi este projeto que foi enviado à Prefeitura do Rio em relação ao projeto de lei de transferência do potencial construtivo, que deve gerar os recursos para a reforma.