Após a apresentação de Philippe Coutinho, Pedrinho concedeu uma entrevista exclusiva ao portal ge na Sede Náutica da Lagoa e esmiuçou os próximos passos planejados pelo Vasco para a janela de transferências. Além do astro Coutinho, a diretoria vascaína deverá oficializar em breve as contratações de Souza, Alex Teixeira e Emerson Rodríguez.
– Estamos prospectando a chegada de novos atletas – afirmou Pedrinho.
– Optamos por manter certa discrição, pois lidar com a concorrência do mercado é um desafio complexo. Muitos jogadores que atuam no exterior manifestam receios em retornar ao Brasil devido a questões de violência envolvendo torcidas, o que tem impactado algumas negociações – acrescentou ele.
Pedrinho também enalteceu o desempenho de Rafael Paiva e reiterou que prefere não rotular a situação do treinador com a equipe. Quanto à permanência dele como interino ou efetivação, o presidente opta por manter o silêncio.
– Tenho o costume de romper com padrões estabelecidos e não tomarei decisões baseadas em convenções. Não vejo a necessidade de proclamar publicamente a efetivação dele. O que penso a respeito, ele sabe diretamente. Ele está seguro. Não irão ouvir, neste momento, qualquer confirmação de efetivação. Mas ele compreende minha opinião – concluiu ele.
O dirigente vascaíno também compartilhou sua experiência nos primeiros meses à frente do departamento de futebol do clube e ressaltou os obstáculos enfrentados na negociação para contratar Coutinho.
– Trabalho é a palavra que define este período no Vasco. Dediquei esforços ao potencial de desenvolvimento e também enfrentei um complicado embate judicial emocional. Eu tinha consciência do que estava fazendo, protegendo os interesses do Vasco. Creio que agora não subsistem dúvidas sobre isso, porém é desafiador litigar contra um clube com tal histórico. Sofri bastante (risos). Paralelamente, assumimos o controle do futebol, o que acarreta uma responsabilidade monumental. Muita labuta, Coutinho teve que se desvincular de dois clubes, um processo demorado. Foi exaustivo, ele abriu mão de muitas coisas. De nossa parte, empenhamo-nos ao máximo para não deixar escapar essa oportunidade. Enfrentamos desafios para chegar até aqui – assegurou ele.
– Ao assumir, detectei um ambiente dividido no Vasco. Funcionários rivalizando uns com os outros. Mesmo com a profissionalização do clube, não podemos nos afastar de nossos princípios, não podemos nos dividir. O Vasco é singular, não se pode ter duas redes sociais, dois canais. O Vasco é único. O Vasco, de maneira ímpar, assimila tudo, foi isso que busquei transmitir. Incomodou-me a maneira como eram definidos os gatilhos nos contratos. Perder um campeonato pode acontecer, mas não pode ser incentivado. Os bônus precisam estar atrelados a objetivos claros, como classificação para a Libertadores, conquista de títulos… Por isso, tentamos ajustar essa dinâmica – finalizou ele.
Fonte: ge