Coutinho e Tite em entrevista durante amistoso da Seleção Brasileira em Melbourne — Foto: Pedro Martins/MoWA PressFoi sob o comando de Tite que Coutinho viveu um dos melhores momentos de sua carreira na Seleção – durante a Copa de 2018, ele brilhou ao anotar dois gols e fornecer duas assistências em cinco confrontos. Além disso, foi peça fundamental na conquista da Copa América de 2019, especialmente após a lesão de Neymar – um título que ficou marcado como o único de Tite à frente da seleção.
– Não é à toa que ele é conhecido como O Mago – declarou Tite, em 2016, quando começou a dar as primeiras oportunidades ao então destaque do Liverpool.
Tite abraçando Philippe Coutinho em duelo do Brasil diante da Colômbia nas Eliminatórias para a Copa de 2018 — Foto: Lucas Figueiredo / CBFDos 68 jogos disputados pela Seleção, 51 deles aconteceram sob a batuta do atual comandante do Flamengo, que sempre demonstrou admiração pelo futebol do meia de 32 anos do Vasco. Na gestão de Tite, Coutinho balançou as redes 17 vezes – sendo o terceiro maior artilheiro da Seleção, apenas atrás de Neymar e Gabriel Jesus – e também deu seis assistências.
Um dos momentos marcantes da trajetória da dupla aconteceu em uma partida em que Coutinho deixou sua marca com uma jogada magnífica, inaugurando o marcador na vitória arrasadora da Seleção por 3 a 0 sobre a Argentina, no Mineirão, em novembro de 2016 — uma apresentação que conquistou definitivamente Tite. Confira o gol no vídeo abaixo.
Retorna após um mês afastado
Coutinho está à disposição do técnico Rafael Paiva e é a novidade mais esperada na lista de convocados para o clássico. Ele ficou um mês em recuperação física após uma lesão — durante esse tempo, também enfrentou complicações devido à Covid-19. Sua última participação foi no empate contra o Bragantino, no dia 3 de agosto, quando entrou no segundo tempo.
Desde que voltou ao Vasco, Coutinho jogou apenas quatro partidas, sendo titular em duas delas, totalizando 94 minutos em campo. Em um treino, o jogador acabou se machucando novamente, desta vez com uma lesão muscular na coxa esquerda.
As lesões têm sido um grande rival na carreira de Coutinho desde sua passagem decepcionante pelo Barcelona em 2018, quando se tornou a negociação mais cara do futebol inglês e a maior contratação da história do clube espanhol. Em solo espanhol, ele passou por cirurgias e enfrentou longos períodos de inatividade, mas nunca perdeu a confiança de Tite.
Lesão antes da convocação em 2022
O treinador enfrentou muitas críticas por escolher Coutinho durante o período de recuperação. O atual jogador do Vasco recebeu visitas de apoio do preparador físico de Tite, Fabio Mahseradjian, e do médico da Seleção, Rodrigo Lasmar. Tite chegou a declarar que Coutinho precisava de “carinho, de conversa, de cuidados” para voltar a apresentar seu melhor futebol.
O histórico de Coutinho nas Copas e as dificuldades de concorrência a favor dele contaram muito na decisão. Jogadores mais jovens, como Lucas Paquetá — convocado pela primeira vez aos 20 anos, ainda no Flamengo — e Everton Ribeiro, que recebeu sua chance como titular aos 31 anos sob a direção de Tite, também estavam na briga.
O bom início no Aston Villa trouxe esperança a Tite no ano da Copa – nos primeiros oito jogos, em 2022, Coutinho marcou quatro gols e deu três assistências. A temporada terminou com cinco gols e três assistências em 19 jogos após um empréstimo e um período na reserva em um time forte do Bayern de Munique, campeão da Liga dos Campeões em 2020.
Nem mesmo a queda de rendimento físico e técnico na aproximação da Copa foi suficiente para tirá-lo do radar. Porém, Coutinho sofreu mais uma lesão muscular na véspera da convocação de Tite, no dia 6 de novembro, um dia antes da lista para o Catar ser divulgada. Com 32 anos e longe da forma que tanto encantou Tite, o jogador ainda alimenta o sonho de vestir a camisa da Seleção.
Fonte: ge
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