O time cruz-maltino viu sua sequência invicta no Campeonato Brasileiro ser encerrada em Belo Horizonte: a equipe foi derrotada por 2 a 0 pelo Atlético-MG, na Arena MRV, em um jogo sem brilho e marcado por falhas individuais. Desde o início, a equipe enfrentou dificuldades, não conseguindo impor seu jogo. No segundo tempo, apesar de uma melhora, o Vasco não teve eficácia para reverter o placar.
O time comandado por Rafael Paiva demorou para encontrar seu ritmo em campo. No primeiro tempo, o Atlético-MG pressionou e abriu o placar com dois gols de Hulk. A defesa vascaína conseguiu evitar um placar ainda mais desfavorável, com destaque para a defesa de Paulo Henrique em cima da linha.
No intervalo, o Vasco não havia finalizado nenhuma vez e possuía apenas 38% de posse de bola, contra 62% do Atlético-MG.
Sem contar com Payet e com Philippe Coutinho em fase de readaptação, Paiva optou por manter a mesma escalação das rodadas anteriores, mas a decisão de manter Praxedes como homem mais avançado no meio se mostrou equivocada. Com pouca posse de bola, Coutinho teve pouca participação e o time perdeu o controle naquele setor.
O erro cometido aos 38 minutos comprometeu ainda mais a situação do Vasco: Praxedes recuou mal a bola, entregando um passe decisivo para Hulk marcar o segundo gol. Léo Jardim também falhou no lance, comprometendo sua atuação na partida.
Neste momento, o Atlético-MG já liderava no placar, com Hulk abrindo o marcador logo no início. A defesa vascaína falhou ao permitir o cruzamento de Gustavo Scarpa e a finalização, deixando o adversário com vantagem na pequena área. As falhas individuais minaram as chances de reação do Vasco na Arena MRV.
Melhora no segundo tempo
Rafael Paiva promoveu a entrada do estreante Emerson Rodríguez no lugar de Praxedes no intervalo. O time apresentou uma melhora no início da segunda etapa, mas isso se deu mais pela postura reativa do Atlético-MG do que por méritos próprios.
O Vasco, no segundo tempo, lembrou mais o time que vinha de uma sequência invicta de cinco jogos, com quatro vitórias seguidas. Em apenas 10 minutos, foram quatro finalizações, porém sem qualidade – o único chute a gol foi de Lucas Piton em uma falta cobrada no primeiro tempo.
O Atlético-MG cedeu espaço ao Vasco, que tentou aproveitar com jogadas de David e Adson pelas laterais. Mas os contra-ataques vascaínos foram neutralizados pela boa atuação de Mateus Carvalho, que se destacou no segundo tempo com cinco desarmes.
Apesar de ter controlado o jogo e evitado sofrer mais gols, o Vasco não conseguiu agredir o adversário com eficácia.
Até mesmo a bola aérea, geralmente forte com Pablo Vegetti, não surtiu efeito na Arena MRV. O atacante argentino foi bem marcado pelos defensores do Atlético-MG e teve apenas uma finalização, algo incomum desde sua chegada ao time cruz-maltino.
Coutinho como destaque positivo
A boa notícia para o Vasco em Belo Horizonte foi a estreia de Philippe Coutinho. O camisa 11 foi surpresa na lista de relacionados e entrou em campo aos 21 minutos do segundo tempo, com a equipe já perdendo por 2 a 0.
Em sua atuação, Coutinho ocupou o papel de um meia-armador, atuando próximo à área. Ele distribuiu bons passes, participando de chances de gol, e teve um chute defendido pelo adversário. Mesmo em fase de readaptação ao futebol brasileiro, sua presença já traz esperança para o time. Contra o Grêmio, o Vasco contará provavelmente com o retorno de Payet e com um Coutinho mais adaptado ao elenco após mais tempo de treinamentos.
Além de Coutinho, Emerson Rodríguez e Alex Teixeira também estrearam. O colombiano surpreendeu pelas jogadas pela ponta esquerda, quase marcando um gol de cabeça. Já Alex, com menos tempo em campo, se movimentou pela esquerda, alternando entre ala e meia-atacante.
Fonte: ge