Philippe Coutinho batalhou arduamente para ser novamente convocado para o time do Vasco durante o período de transferências, que inicia hoje. Abriu mão de novas oportunidades no futebol europeu, recusou prolongar seu contrato no Catar e rejeitou de maneira educada propostas de grandes clubes brasileiros como Botafogo, Fluminense, Cruzeiro e Grêmio. O Vasco acolhe emprestado por um ano o talentoso meio-atacante com experiência internacional formado na base do clube, recebendo ainda o bônus de um gesto que eleva a moral da equipe.
E não é sua intenção encerrar a carreira ao retornar ao futebol brasileiro. Aos 32 anos, o jogador que vestiu a camisa 11 da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018 na Rússia e foi cortado da pré-lista de convocados de Tite durante o último treino do Aston Villa antes do anúncio da convocação para a Copa do Mundo no Catar em 2022, está longe de se aposentar. Coutinho ainda almeja participar dos próximos jogos do Brasil nas datas Fifa contra Equador e Chile, nos dias 5 e 10 de setembro, buscando estar entre os convocados por Dorival Júnior.
Após trocar o ascendente Liverpool pelo então conturbado Barcelona em janeiro de 2018, Coutinho perdeu destaque. Contratado por 120 milhões de euros para substituir Neymar após a transferência deste para o PSG, o meia-atacante marcou 21 gols e fez 11 assistências em 76 partidas, conquistando uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha. No entanto, não conquistou a torcida. Em 2019, foi emprestado ao Bayern de Munique e, ao retornar em 2020, teve problemas no menisco esquerdo, passando por duas cirurgias. Apenas na terceira operação, realizada no Brasil, ficou apto a retornar aos gramados.
O médico da seleção, Rodrigo Lasmar, responsável por sua operação em abril de 2021, afirmou na época ter corrigido intervenções anteriores e removido um cisto do joelho do atleta, assegurando que ele estava clinicamente apto para voltar a jogar. No meio do ano, foi vendido ao Aston Villa por 20 milhões de euros, com a promessa de um reembolso de 50% caso seja transferido para outro clube. Solicitado pelo técnico Gerrard, ex-colega de equipe no Liverpool, Coutinho viu a situação mudar com a chegada do espanhol Unai Emeri.
Sua passagem pelo Al-Duhail, do Catar, foi decisiva para fortalecer a decisão de retornar à seleção brasileira, após sentir o carinho da torcida do Vasco, o que lutou para que se concretizasse. Agora, o jogador se prepara para aproveitar os oito jogos que restam antes da próxima convocação de Dorival.
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal – Extra