Munique se tornou o palco do primeiro bicampeão da história da Nations League. A Allianz Arena assistiu a um momento memorável do futebol português, com Cristiano Ronaldo, aos 40 anos, se tornando o jogador mais velho a marcar em uma final de seleções. O jovem Lamine Yamal, com apenas 17 anos, acabou ofuscado: Portugal venceu a Espanha nos pênaltis, após um empate de 2 a 2 no tempo regulamentar, e se consagrou campeão da Nations League.
A final foi equilibrada, com oportunidades de triunfo para ambas as seleções. A decisão foi definida em um detalhe crucial, quando Álvaro Morata falhou no momento decisivo. Assim, Portugal conquista novamente a Nations League.
Uma final histórica
Essa decisão trouxe de um lado Cristiano Ronaldo, já uma lenda do futebol aos 40 anos, e do outro, Lamine Yamal, de 17 anos, cuja promessa é chegar a esse patamar. Foi a primeira final ibérica em competições oficiais. Um jogo que certamente ficará marcado na história, em um domingo que também presenciou uma final inesquecível de Roland Garros, com um campeão espanhol.
Portugal começou a escrever sua própria história nesta noite em Munique em um dos primeiros ataques. Bruno Fernandes fez um cruzamento, Francisco Conceição ajeitou e João Neves, que atuou improvisadamente como lateral, finalizou com perigo.
Os portugueses entraram no jogo com muita intensidade. Quando a Espanha conseguiu controlar a posse de bola e recuar suas linhas, a defesa em 4-4-1 do rival se mostrou eficiente em fechar os espaços. Os espanhóis direcionavam sua narrativa para um jogo de posse, com momentos de poesia quando a bola passava pelas pernas de Yamal e seus companheiros. O time português, dedicado, tentava interromper essa poesia toda vez que Yamal recebia a bola no lado direito.
Nico Williams, pela esquerda, teve a primeira grande chance para a Espanha, quase resultando em gol. Ele dominou a bola, avançou e cruzou para Pedri finalizar, mas a bola passou perto do gol. Em seguida, Nico tentou em uma jogada individual, cortando para dentro e finalizando colocado, com a bola passando a centímetros da trave.
A final também teve espaço para heróis inesperados. Em um momento confuso, Yamal fez um cruzamento da direita, Diogo Costa se atrapalhou com João Neves na área, e a bola sobrou limpa para Zubimendi abrir o placar. O destaque desse lance foi o toque de letra de Oyarzabal que deu início ao ataque, mais uma vez mostrando um bom pivô.
Nuno Mendes respondeu com um grito quando Portugal parecia em dificuldade: Pedro Neto, bem posicionado na esquerda, fez a bola chegar até o lateral, que ajeitou para o pé esquerdo e disparou um potente chute cruzado. A bola morreu na rede. O melhor lateral esquerdo do mundo conseguiu igualar novamente o jogo para Portugal, com Pedro Neto, um atacante canhoto, jogando mais voltado para o meio.
Antes do intervalo, um momento polêmico ocorreu: enquanto os portugueses pediam falta em Bernardo Silva, a Espanha partiu em contragolpe. Pedri recebeu um passe de Oyarzabal na área e, com um toque, tirou a bola do goleiro, fazendo 2 a 1. O gol foi confirmado, apesar da reclamação de Bernardo, que tentou simular a falta.
O desfecho de Munique: Morata se torna vilão
O segundo tempo começou com um gol anulado de Bruno Fernandes, devido ao impedimento de Pedro Neto. Portugal tentava se restabelecer, enquanto a Espanha sustentava a posse de bola para controlar o jogo. E foi assim até que, aos 15 minutos, Nuno Mendes recebeu na esquerda, deixou Yamal e a cobertura para trás e cruzou para Cristiano Ronaldo, que marcou e trouxe a história do jogo de volta ao craque português.
O cenário do jogo, que parecia favorável à Espanha, mudou completamente. Com algumas substituições, a Espanha voltou a pressionar. Isco, que entrou no segundo tempo, chutou de fora da área, exigindo uma grande defesa de Diogo Costa.
Sem um desfecho claro, Munique precisava de um epílogo. Nuno Mendes seguiu sendo o destaque e, após uma bela jogada na esquerda, passou para Nelson Semedo, que não conseguiu concluir a jogada adequadamente, resultando em um tiro de meta.
Para Nuno Mendes, a prorrogação parecia não afetá-lo. O jogo, por sua vez, caiu em produção, com 30 minutos de poucas emoções, exceto por uma única cabeçada perigosa de Diogo Jota. O desfecho foram os pênaltis.
Os pênaltis são os momentos do futebol que criam heróis e vilões, e Álvaro Morata, artilheiro histórico da Espanha, se tornou parte da história como o único que falhou nas cobranças decisivas em Munique, enquanto Diogo Costa se destacou como herói. Assim, Portugal se tornou o primeiro bicampeão da Nations League.
Fonte: O Gol